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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

JESUÍTAS - "ASTUCIOSOS E HIPÓCRITAS"

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Jesuítas = “astuciosos e hipócritas”?

Fernando Nascimento

Segundo o pastor Lauro de Barros Campos em seu calunioso livro “O Estado do Vaticano”, os bons dicionários identificam os jesuítas como “astuciosos e hipócritas”.

PURA CALÚNIA! Caro leitor, pegue seu "bom dicionário" para desmascararmos mais uma vez esse aleivoso pastor: Note que ele convenientemente escolheu o “termo figurado depreciativo” do seu dicionário que não é tão bom. O significado de Jesuíta em qualquer bom dicionário consta: Jesuíta = ESPERTO, ATILADO, e “atilado” traduz-se por escrupuloso, correto, discreto, prudente, ..., encerrando assim o embuste do pastor.

Vocês sabiam, por exemplo, que os Jesuítas – a Companhia de Jesus – foram tão exímios nas ciências que, neste exato momento, 35 crateras lunares têm o nome de cientistas jesuítas? Sabiam que 1 entre cada 20 dos maiores matemáticos da História fazia parte da Companhia de Jesus? Ou que os Jesuítas ajudaram a fundar e se tornaram os maiores praticantes do estudo de terremotos, a Sismologia?



Baltazar Gracián, um exemplo da genialidade jesuíta

Seus livros impressionaram e inspiraram filósofos, escritores e pensadores ao longo de mais de trezentos e cinqüenta anos. Seu autor, o jesuíta espanhol: Baltasar Gracián.

Nietzsche, Schopenhauer, Voltaire e Lacan, foram leitores entusiasmados dos livros deste jesuíta.
Seu livro de estréia “El Hérce”, ganhou tradução para o francês já em 1645.

Na Alemanha, o filósofo Arthur Schopenhauer, em parte por insistência de Goethe, traduziu parcialmente “El Criticón”, que considerava “um dos melhores livros do mundo”, e um pouco depois o “Oráculo Manual y Arte de Prudencia”. Entusiasmado afirmou: “ meu escritor preferido é o filósofo Gracián. Li todas as suas obras.”

Friedrich Nietzsche declarou sobre a obra de Gracián:

“A Europa nunca produziu nada mais refinado em questão de sutileza moral.”

“Absolutamente único ... um livro para uso constante ... Um companheiro na vida. Estas máximas são especialmente adequadas àqueles que desejam prosperar no grande mundo”.

Na França, foi lido por moralista como Rochefoucauld e citado elogiosamente na correspondência de Voltaire.

Termino esta refutação com a célebre frase de Gracián, que cabe aos que se acham “sábios” como o pastor Lauro Barros Campos:

“Tolos são todos os que parecem tolos, e metade daqueles que não parecem.” (Baltasar Gracián).

Minhas citações sobre Baltasar Gracián, foram extraídas do prefácio do Livro “A Arte da Sabedoria”, Baltasar Gracián, Edição completa, Editora Best Seller.

sábado, 11 de dezembro de 2010

FILIAÇÃO DIVINA E FILIAÇÃO SATÂNICA

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"Vós tendes como pai o demônio... pai da mentira" (Jo 8,44)

A - A filiação satânica dos rebelados se manifesta pela enorme quantidade de mentiras encontradas em sites protestantes. VER:


ÍNDICE DAS MENTIRAS PROTESTANTES:

http://mentiras-evanglicas-e-outras.blogspot.com/2007/07/ndice-das-mentiras-encontradas-nos_30.html

B - A filiação divina dos católicos se manifesta pela ausência de mentiras em seus sites. VER A COMUNIDADE:

MENTIRAS EM SITES RELIGIOSOS

http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=30891250

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ALGUMAS MENTIRAS ENCONTRADAS EM SITES EVANGÉLICOS

Por que não há mentiras em sites católicos?

Se você consultar os sites católicos não irá conseguir apontar uma única mentira (ATENÇÃO: - não se deve considerar MENTIRA questões de doutrinas derivadas de divergências de interpretações, de opiniões pessoais, visões, experiências íntimas com Deus ou outras coisas de difícil demonstração INCLUINDO uma matéria publicada por engano que tratava de uma falsa conversão do pastor que chutou a santa, manifesto de Dresden etc.).

No entanto, nos sites protestantes a coisa fica pretíssima.

Veja aqui algumas das muitíssimas maxambetas encontradas nos sites protestantes:

1 - A falsificação de uma carta, perpretrada pelo Pastor Aníbal Pereira dos Reis, atribuída ao cardeal Agnelo Rossi, publicada e desmentida, por força de lei, num mesmo jornal da Igreja Batista.

2 - Depoimento inventado de uma inexistente ex-freira chamada Charlotte Weills cheio de incoerências e com toda característica que a classifica como história da carochinha.

3 - Invenção do conto de um aquário esvaziado que continha o esqueleto de 6000 bebês contado por Stº Ulrico relativo ao reinado de Gregório VII - cheio de incoerências.

4 - Todas as mentiras do semi-analfabeto pastor da Assembléia de Deus Raimundo Correia que se diz ex-padre.

5 - Publicação mentirosa de um falso JURAMENTO DOS JESUÍTAS que não passa de fantasia contida em um romance de Charles Didier.

6 - As mentiras do ex-padre Chinigui, expulso da Igreja Católica por comportamento reprovável;
7 - As mentiras de ALBERTO RIVERA que se dizia ex-jesuíta mas que nunca pisou num seminário.

8 - A falsa declaração atribuída a três dos mais sábio bispos de Roma feita pelo protestante P.P. Verdério.

9 - As diversas listas das "heresias" da Igreja Católica completamente desmentidas por documentos históricos.

10 - Muitíssimas outras mentiras relativas a papas

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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

SÁBADO - LEI MORAL E LEI CERIMONIAL

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Alexander Hislop, um ministro protestante escocês, em 1858 escreveu o fantasioso livro chamado "A Duas Babilônias”, e criou e incitou nele o ódio ao Natal, ainda hoje propalado por alguns protestantes. Para isso ele criou a seguinte inverdade, referido-se aos pagãos babilônicos:

“O rei deles, Nimrod, nasceu em 25 de dezembro; faziam decorações em árvores de natal e comungavam hóstias em sua honra, como deus-Sol.” Assim se esforçou o articulista, para lançar ódio ao Natal é à Igreja.

Outro pastor, Ralph Woodrow, também escritor protestante, reconheceu as acusações infundadas e retirou das livrarias e substituiu seu livro, que se baseava nas calúnias de Alexander Hislop, e ainda alertou:

“É impressionante como ensinamentos infundados como esses circulam e se tornam críveis. Qualquer pessoa pode ir a qualquer biblioteca e consultar qualquer livro sobre a história antiga da Babilônia: nenhuma destas coisas poderá ser encontrada. Essas afirmações não possuem fundamento histórico; ao contrário, são baseadas em um monte de peças de quebra-cabeças sobre mitologia juntadas arbitrariamente”.

Baseados na inverdade de Hislop, outros forjaram outras lendas contra o Natal e a Igreja, mas, vencidos pelo esplendor da verdade que ostenta a Igreja Católica, fundada por Jesus Cristo, a Assembléia de Deus passou a fazer seu “culto de Natal”, na noite de 25 de dezembro, em frente ao quartel do Derby, no Recife, logo em seguida à milenar Missa do Galo, que celebra a simbólica data de nascimento do Senhor.

Na igreja Batista, em frente a Faculdade Humana, em Olinda, há concurso de “cantatas de Natal”, e os americanos protestantes, assam peru, cantam “Jingle Bell” e trocam presentes em frente a árvore de Natal. Natal de Jesus. Viva Jesus Cristo, Viva a Eucaristia, Viva a Igreja católica.


Os luteranos também comemoram:

http://www.portal-luterano.org.br/sp/ccf/musical/sobreonatal.htm

Depois que publicamos nossos artigos anteriores (parte I e parte II) sobre a questão do Dia do Senhor, muitos amados irmãos adventistas nos enviaram mensagens, ora procurando mais esclarecimento sobre as questões, ora procurando defender a tese sabatista da guarda do Sábado. Desta forma, a motivação deste terceiro opúsculo sobre o tema é colocar mais luz sobre este assunto, procurando esclarecer suas objeções.

A Carta de São Paulo ao Colossenses

O grande espinho (cf. Pr 26,9) que se encontra na boca dos sabatistas está nos seguintes versículos da carta de São Paulo aos colossenses:


"Ninguém, pois, vos critique por causa de comida ou bebida, ou espécies de festas ou de luas novas ou de sábados. Tudo isto não é mais que sombra do que devia vir. A realidade é Cristo" (Cl 2,16-17).

Os sabatistas alegam São Paulo ao usar a palavra "sábados" não está se referindo ao sétimo dia, mas aos "sábados cerimoniais". Como já dissemos em nosso trabalho anterior, São Paulo escreveu esta carta no grego, onde a palavra" sábados" corresponde a "sabbaton".

Excluindo a carta de São Paulo aos colossenses, a palavra grega "sabbaton" parece no NT 67 vezes e em 61 versículos.

Nestas 67 vezes ela possui apenas dois significados:

1) Em 9 delas a palavra significa "semana", como por exemplo, em Mt 28,1. A expressão "primeiro dia da semana" é escrita em grego como "mia sabbaton". No grego toda vez que "sabbaton" é precedida de um numeral ordinal, ela tem o significado de semana;

2) Em TODAS as 58 vezes, "sabbaton" significa o sétimo dia, isto é, o dia de descanso (cf. Mt 12,1; Mc 1,21; Lc 4,16; Jo 5,9; At 1,12).

Na Carta de São Paulo aos Colossenses "sabbaton" se enquadra no segundo caso, isto é, significa o sétimo dia da semana, o sábado semanal.

Ora, se em 58 referências a palavra "sabbaton" refere-se à observância do sábado semanal, por que em Cl 2,16 não?

A teologia sabatista simplesmente fere todas as regras de exegese e hermenêutica bíblicas em favor de um argumento teológico. Isto é distorcer as Escrituras.

Os chamados "sábados cerimoniais" eram os dias de festa ("heorte", as comemorações mensais) e as luas novas ("noumenia", as comemorações anuais).
"Sabbaton" não tem nada haver com tudo isto, e nem com os sacrifícios no Templo, mas com o dia de Sábado, o dia semanal, o dia de descanso.

Ora, se São Paulo não está se referindo à observância do sétimo dia, por que, então, relacionou "sabbaton" à lista das observâncias judaicas que deveriam ser esquecidas pelos Cristãos?

Mas qual é o argumento teológico ao qual os sabatistas tanto se prendem para aplicar à palavra "sabbaton" de Cl 2,16 um sentido que ela não tem?

A suposta divisão da Lei mosaica em lei cerimonial e lei moral

Os sabatistas dividiram a Antiga Lei dos Judeus em duas: cerimonial e moral. A lei moral foi proferida por Deus, escrita pelo dedo Deus em tábuas de pedra e colocada dentro da Arca da Aliança; por isso deverá permanecer firme para sempre, não foi destruída por Cristo na Cruz. Ainda, segundo eles, a lei cerimonial foi ditada por Moisés, escrita por Moisés num livro, nada aperfeiçoou, foi posta ao lado da Arca; por isso é revogável, foi cravada na cruz.

Eles se referem aos Dez Mandamentos como lei moral e ao restante como lei cerimonial.

A resistência deles quanto ao ensino de Paulo em Cl 2,16, deve-se ao fato de acreditarem que nenhuma letra dos dez mandamentos foi revogada por Cristo

Não negamos que em todas as observâncias divinas existe uma Lei Moral, que tem seu núcleo nos Dez Mandamentos. O problema apresentado pela teologia sabatista é que esta faz uma divisão arbitrária da letra, como se não houvesse moral nos ensinamentos mosaicos ou dos profetas.

Todo cerne desta questão se deve a duas coisas:

1) a falsa distinção entre as observâncias divinas: decálogo, lei mosaica e os profetas;

2) a verdadeira distinção entre a letra e o espírito destas observâncias.

Sobre o primeiro item, dizemos que todas as observâncias judaicas foram dadas por Deus, e por isso, todas elas foram recebidas com igual reverência, como um único conjunto coeso. Isso é testificado no Êxodo: "O Senhor disse a Moisés: 'Sobe para mim no monte. Ficarás ali para que eu te dê as tábuas de pedra [10 mandamentos], a lei [Torah escrita] e as ordenações [Torah oral] que escrevi para sua instrução'" (Ex 24,12).

A distinção que os sabatistas forçam entre o Decálogo (os Dez Mandamentos) e a Torah (Lei de Moisés), não é fruto do pensamento judaico comum:

"O Talmude, a propósito de um ponto em discussão, lembra: 'A lei mandava recitar todos os dias os dez mandamentos. Por que não os recitam mais, hoje? Por causa das maledicências dos minim [os dissidentes]; para que estes não possam dizer: 'Estes somente foram dados a Moisés, no Sinal' (Talmud Jer. Berakot 1 ,3c). Segundo estes minim, Deus só pronunciou os dez mandamentos (Dt 5,22); as outras leis são atribuídas a Moisés. A recitação diária do decálogo, na oração comunitária, favorecia indiretamente esta idéia de que provocava certo desprezo pelas outras leis. A fim de evitar este mal-estar,o judaísmo ortodoxo - talvez nos círculos de Iabne [ou Jâmnia], no fim do século 1 d.C. -suprimiu do serviço sinagogal cotidiano a recitação do decálogo" (LOPES, 1995).

Conforme lemos, a distinção proposta pelos sabatistas foi condenada pelos próprios judeus. Mas os sabatistas ensinam que Jesus revogou a lei na cruz, porque esta estava fora da Arca da Aliança.

Note que quando o jovem rico perguntou a Cristo "Mestre, qual é o grande mandamento na lei?" (Mt 22,36), Jesus não lhe perguntou: "qual lei" A moral ou cerimonial?; tão pouco lhe disse: "você está falando dos Dez mandamentos ou da Lei de Moisés ou dos Profetas?".

Ao contrário, o Evangelista nos relata que "Respondeu Jesus: Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma e de todo teu espírito. Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás teu próximo como a ti mesmo. Nesses dois mandamentos se resumem toda a lei e os profetas" (Mt 22,37-40).

Ora, foi o próprio Cristo que resumiu todo o ensinamento do AT nas palavras acima. Perceberam isso? Toda a lei e os profetas, o Senhor resumiu em duas grandes ordenanças. A primeira delas encontramos no Deuteronômio: "Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças" (Dt 6,5). A segunda está no Levítico: "Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo: mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor" (Lv 19,18).

Com efeito, estas duas ordenanças fazem parte do Livro que foi colocado do lado de fora da Arca da Aliança: "Tomai este livro da lei, e ponde-o ao lado da arca da aliança do SENHOR vosso Deus, para que ali esteja por testemunha contra ti" (Dt 31.26). Entretanto, se a tese dos sabatistas estivesse correta, Jesus ao responder ao jovem rico, escolheria dois itens do decálogo e não da Lei Mosaica; ou ainda; poderia dizer ao Jovem que o que importava eram os Dez Mandamentos porque estavam dentro da Arca.

O próprio Cristo ensinou que não veio revogar a lei ou os profetas (cf. Mt 5,17-18). Com efeito, nos capítulos 5 a 7 do Evangelho segundo São Mateus, encontramos a catequese do Senhor sobre a Lei, isto é, o que a Lei realmente ensina. Aí, o Senhor, restaura o verdadeiro sentido de todas as observâncias dadas no AT. Esta sim é a verdadeira Lei Moral, que na belíssima exposição do Senhor se resume nos dois grandes mandamentos recomendados ao jovem rico (cf. Mt 22,37-40).

É esta Lei Moral que não foi revogada na Cruz, que possui seu núcleo no Decálogo, não na letra, mas no que Deus queria por ele ensinar. Conforme lemos no Êxodo: "O Senhor disse a Moisés: 'Escreve estas palavras, pois são elas a base da aliança que faço contigo e com Israel'. Moisés ficou junto do Senhor quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber água. E o Senhor escreveu nas tábuas o texto da aliança, as dez palavras" (Ex 34,27-28)

Sendo a Arca o símbolo do Acordo de Deus e Seu Povo, e o Decálogo o núcleo de todo o ensinamento moral que Deus queria transmitir aos judeus, quis o Senhor que as tábuas com "as dez palavras" fossem postas dentro da Arca da Aliança, simbolizando assim a alma do pacto dentre o Senhor e Seu povo: o amor a Deus e ao nosso semelhante (cf. Mt 5,17-18).

O que Jesus revogou na Cruz?

Os sabatistas adoram dizer para nós que observamos o Domingo: "Onde Jesus diz que mudará o Sábado para o Domingo? Onde Ele autorizou tal mudança?". Aí eu respondo: "no mesmo lugar onde Ele diz que revogará a Lei de Moisés".

Nossos contendores dizem que o Decálogo é irrevogável pelas razões que já apresentamos - e por isso o Sábado é irrevogável. Ora, ordenanças como os sacrifícios do Templo, as observâncias dos dias de festa e luas novas e o Grande Dia da Expiação, por exemplo, foram dadas pelo próprio Deus como irrevogáveis (cf. Lv 23,14; Lv 16,29-34; Ez 46,14; 2Cr 2,4). Então por que os sabatistas não as observam?

Com efeito, o Profeta Isaías testemunha que toda Lei é irrevogável: "A terra foi profanada por seus habitantes, porque transgrediram as leis, violaram as regras e romperam a aliança eterna" (Is 24,5).

Antes que alguém se confunda, achando que estamos defendendo para os nossos dias, a observância da Lei de Moisés, a questão será esclarecida pelas palavras de São Paulo:

"Não há dúvida de que vós sois uma carta de Cristo, redigida por nosso ministério e escrita, não com tinta, mas com o Espírito de Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, em vossos corações" (2 Cor 3,3) (grifos meus).

Aqui São Paulo ensina que a lei que os fiéis trazem em seu coração é mais excelente que a lei que foi escrita em "tábuas de pedra". Ora, que lei mais excelente é esta? É o Santo Evangelho pregado pelos apóstolos ("sois uma carta de Cristo, redigida por nosso ministério") confirmado pela ação do Espírito Santo ("escrita, não com tinta, mas com o Espírito de Deus vivo"). Não é este um belo ensino para os guardadores das tábuas de pedra?

Então São Paulo continua:

"Tal é a convicção que temos em Deus por Cristo. Não que sejamos capazes por nós mesmos de ter algum pensamento, como de nós mesmos. Nossa capacidade vem de Deus. Ele é que nos fez aptos para ser ministros da Nova Aliança, não a da letra, e sim a do Espírito. Porque a letra mata, mas o Espírito vivifica" (2 Cor 3,4-6)

Percebam, amados no Senhor, que o que foi revogado na Cruz foi a letra da Lei e não o seu espírito, isto é, o que a Lei queria ensinar. Por isso Jesus, disse que não veio revogar a Lei, mas dar-lhe seu fiel cumprimento (cf. Mt 5,17-18). Por isso, o Cristianismo é o fiel cumprimento do Judaísmo, não segundo a letra, mas segundo o Espírito.

São Paulo ainda tem outro recado aos observadores das tábuas de pedra:
"Ora, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de tal glória que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos no rosto de Moisés, por causa do resplendor de sua face (embora transitório), quanto mais glorioso não será o ministério do Espírito! Se o ministério da condenação já foi glorioso, muito mais o há de sobrepujar em glória o ministério da justificação! Aliás, sob esse aspecto e em comparação desta glória eminentemente superior, empalidece a glória do primeiro ministério. Se o transitório era glorioso, muito mais glorioso é o que permanece!" (2 Cor 3,7-11).

Não é este evento referido por São Paulo que encontramos no livro do Êxodo?

Vamos conferir:

"Moisés ficou junto do Senhor quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber água. E o Senhor escreveu nas tábuas o texto da aliança, as dez palavras. Moisés desceu do monte Sinai, tendo nas mãos as duas tábuas da lei. Descendo do monte, Moisés não sabia que a pele de seu rosto se tornara brilhante, durante a sua conversa com o Senhor. E, tendo-o visto Aarão e todos os israelitas, notaram que a pele de seu rosto se tornara brilhante e não ousaram aproximar-se dele" (Ex 34,28-30)

Vejam, amados do Senhor, São Paulo chama as ordenanças do Decálogo de "ministério da morte", "transitório", "ministério da condenação", este que "em comparação desta glória eminentemente superior, empalidece a glória do primeiro ministério". Por acaso São Paulo está ensinando que o Decálogo é irrevogável como crêem os sabatistas?

Desta forma, o que o Senhor Jesus aboliu na Cruz do Calvário (cf. Cl 2,14) foi a letra de todas as ordenanças do AT e não seu espírito, o que inclui o Decálogo.

A verdadeira Lei Moral, conforme ensinada por Cristo (cf. Mt 5-7) tem seu fiel cumprimento e excelência na Fé Cristã, na pregação dos Apóstolos, corroborando com as Santas Palavras do Salvador, que afirmou que traria a Lei à perfeição (cf. Mt 5,17).

Permita também a Misericórdia Divina que nossos contendores percebam que o "descanso Sabático" referido na carta aos Hebreus, não se trata da observância do Sábado semanal, mas do descanso do Justos que morreram na amizade do Senhor.

Ceia do Senhor, cerimônia de adoração a Deus

Todos os sabatistas reconhecem que a "Ceia do Senhor" era observada no primeiro dia da Semana, isto é, Domingo. Eles imaginam que esta ceia era uma mera reunião gastronômica, uma espécie de refeição comunitária entre os fiéis.

Ora, a advertência paulina contra este tipo de pensamento é exatamente o tema do Capítulo 11 de sua primeira carta aos Coríntios: "Desse modo, quando vos reunis, já não é para comer a ceia do Senhor" (1 Cor 11,20).

Muitos cristãos iam só para comer e beber, e São Paulo os repreende ensinando que a "Ceia do Senhor" não é uma mera refeição, conforme atestamos nos versículos abaixo:

"... porquanto, mal vos pondes à mesa, cada um se apressa a tomar sua própria refeição; e enquanto uns têm fome, outros se fartam. Porventura não tendes casa onde comer e beber? Ou menosprezais a Igreja de Deus, e quereis envergonhar aqueles que nada têm? Que vos direi? Devo louvar-vos? Não! Nisto não vos louvo..." (1 Cor 11,21-22).

Toda vez que participamos de um almoço comunitário o objetivo é comermos e bebermos na presença dos irmãos. Mas São Paulo deixa muito claro que a "Ceia do Senhor" não é um almoço comunitário.

Com efeito, antes destes versículos, São Paulo dá várias instruções de como os fiéis devem se portar na celebração cristã de Culto ao Senhor. Após os versículos 20 a 22 fica mais que claro que o Apóstolo fala da celebração Eucarística, isto é, o oferecimento do Sacrifício de Cristo sob as espécies do pão e do vinho e a comunhão destas espécies entre os fiéis, tal como Jesus ensinou:




"Então Jesus lhes disse: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Assim como o Pai que me enviou vive, e eu vivo pelo Pai, assim também aquele que comer a minha carne viverá por mim. Este é o pão que desceu do céu. Não como o maná que vossos pais comeram e morreram. Quem come deste pão viverá eternamente. Tal foi o ensinamento de Jesus na sinagoga de Cafarnaum" (Jo 6, 53-59).

Uma reunião entre fiéis, que possui ministro, manifestação do Espírito Santo, cânticos, leituras, comunhão do Corpo e Sangue do Senhor, isso por acaso se parece com um almoço comunitário?

A associação da "Ceia do Senhor" como celebração de culto de adoração a Deus é mais que evidente na primeira carta paulina aos Coríntios. Mas para isto os sabatistas fazem vistas grossas.

É ponto pacífico entre todos os cristãos, imagino - que a "Ceia do Senhor" se dava no primeiro dia da semana.

O Testemunho dos Santos Mártires

Os sabatistas dizem que antes do Concílio de Nicéia (325 d.C.) a Igreja Cristã era pura e sem mácula e que Constantino paganizou a Igreja, começando pela institucionalização do domingo como dia de Culto.

A tese deles é desmascarada quanto trazemos ao conhecimento público, textos anteriores a este período que testificam a associação comprovada nas cartas paulinas: Ceia do Senhor + Culto de Adoração + Primeiro dia da semana (ver a parte I deste artigo). Note o leitor que os textos trazidos à tona, não são casos isolados, mas são textos escritos pelo punho dos próprios discípulos diretos dos Apóstolos: Inácio de Antioquia, Policarpo de Esmirna, Pápias de Hierápolis, Clemente de Roma etc.

Quando apresentamos seus textos, os sabatistas alegam que eles traíram seus mestres e adotaram doutrinas pagãs.

Ora, todos eles foram homens célebres e amados pela cristandade antiga, devido à sua grande fidelidade à Doutrina que receberam dos apóstolos, todos eles, sem exceção foram mortos por causa do Evangelho, exatamente porque não queriam confessar a doutrina do Império Romano. Como pode então, os sabatistas imputarem a estes heróis da Fé, a adoção de doutrina pagã?

Os sabatistas não conseguem apresentar nenhuma prova material de suas teses. Não conseguem trazer a público um único texto dos quatro primeiros séculos, de autoria de um dos discípulos dos apóstolos ou dos discípulos de seus discípulos, que corrobore seus argumentos. Com efeito, uma maneira de provar que os mártires acima citados traíram seus mestres (os apóstolos) é apresentando textos de outros discípulos dos apóstolos, que testifiquem a guarda do Sábado. Mas os sabatistas são incapazes de fazê-lo.

Primitivos cristãos: sabatistas ou judaizantes?

Quanto ao texto dos antigos cristãos, o máximo que os sabatistas fizeram até hoje é referir-se a textos de Epifânio de Salamina (séc. III) e Santo Agostinho (séc. V), onde os mesmos referem-se a existência de cristãos que guardavam o Sábado.
Com efeito, não só eles, mas outros célebres cristãos da antiguidade (Cipriano de Cartago, Atanásio de Alexandria, São Jerônimo, Fílon de Alexandria, Orígines, etc), fizeram tal referência, nos informando também que estes cristãos também guardavam a Lei Mosaica. Estamos falando de cristãos judaizantes e não de cristãos sabatistas.



Este grupo tem origem naqueles "da parte de Tiago" (cf. Gl 2,12) que não aceitaram as determinações do Concílio de Jerusalém (cf. At 15-16). Como podem ser eles a verdadeira Igreja, os verdadeiros cristãos, os remanescentes?

A falsa associação do Domingo cristão com o paganismo

Teimam em insistir que o Domingo tem origem pagã, só porque este era o dia do deus Sol, dos pagãos. É a mesma coisa se eu afirmasse que o Sábado em origem na adoração de Saturno, embora muitas provas mostrem o contrário. Contra os sabatistas, traremos o testemunho do advogado cristão Tertuliano, que viveu a mais de cem anos antes do Concílio de Nicéia:


"Outros, de novo, certamente com mais informação e maior veracidade, acreditam que o sol é nosso deus. Somos confundidos com os persas, talvez, embora não adoremos o astro do dia pintado numa peça de linho, tendo-o sempre em sua própria órbita. A idéia, não há dúvidas, originou-se de nosso conhecido costume de nos virarmos para o nascente em nossas preces. Mas, vós, muitos de vós, no propósito às vezes de adorar os corpos celestes moveis vossos lábios em direção ao oriente. Da mesma maneira, se dedicamos o dia do sol para nossas celebrações, é por uma razão muito diferente da dos adoradores do sol. Temos alguma semelhança convosco que dedicais o dia de Saturno (Sábado) para repouso e prazer, embora também estejais muito distantes dos costumes judeus, os quais certamente ignorais" (Tertuliano 197 d.C. Apologia part.IV cap. 16).

Como vimos, Tertuliano testifica que a da guarda do primeiro dia da semana pelos cristãos, possui motivo próprio e muito diverso dos pagãos: "Da mesma maneira, se dedicamos o dia do sol para nossas celebrações, é por uma razão muito diferente da dos adoradores do sol".

Não é estranho que a mesma Igreja que deu mártires a Deus, exatamente porque não se curvou à religião do Império, tenha aceitado "sem piscar os olhos" uma observância pagã? Será mesmo que a Igreja no MUNDO INTEIRO tenha traído tão facilmente a doutrina dos apóstolos, como alegam nossos contendores?

Conclusão

Acredito que este terceiro opúsculo, juntamente com os outros dois anteriores, tenha tratado sobre o Dia do Senhor de forma satisfatória.

Muito simples é a apresentação de um argumento teológico com aparente suporte bíblico, até os Espíritas fazem isso em seu "Evangelho segundo o Espiritismo".

Ora, pode haver fonte mais segura sobre a pregação dos apóstolos do que o testemunho de seus discípulos pessoais, aqueles que ouviram a pregação de sua própria boca? Homens estes que devido à tamanha fidelidade à doutrina recebida de seus mestres, morreram por amor a Cristo? Eu creio que não e cada um faça seu próprio juízo.

Esta é a diferença entre a apologética objetiva e sóbria daquela baseada em falsas conjecturas, atropelamento das regras de hermenêutica e exegese bíblicas associado a uma total falta de prova material que corroborem suas teses.

Referências Bibliográficas

LOPES, Félix Garcia. O Decálogo. São Paulo: Paulus, 1995. p. 35.

Leia mais sobre as inverdades do natal aqui nestes links

http://caiafarsa.wordpress.com/natal-festa-paga-ou-odio-cego-contra-a-igreja/

http://caiafarsa.wordpress.com/a-mentira-lutero-criador-da-arvore-de-natal/

Creditos: Fernando Nascimento e site Veritatis


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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Comentário ao “Vinde Espírito Santo”

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Será sempre útil um comentário sobre o valor e a utilidade dessa oração. É o que reproduzimos a continuação.

O bom espírito, o espírito reto, o senso católico é um dom de Deus. Não é uma coisa que o homem encontre com o mero exercício de sua inteligência, mas é algo que sua inteligência encontra movida e vivificada por um dom interno de Deus, que procede do Divino Espírito Santo.

Razão pela qual os homens pedem a Deus o espírito reto por meio da oração, com muita insistência, empenho e humildade, persuadidos que sem um dom celeste, não conseguirão.

Todo bom movimento da alma visando a virtude sobrenatural nos vem da graça de Deus, e essa graça é preciso pedi-la.

Não podemos ter a presunção de que o mero exercício de nossa inteligência é suficiente. Então, pedimos: “Vinde, Espírito Santo”.

Nós temos de pedir que o Divino Espírito Santo venha a habitar dentro de nossa alma com uma intensidade e com uma plenitude cada vez maior,.

Pela habitação do Espírito Santo, nosso espírito se torna capaz dos grandes pensamentos, volições, generosidades, percepções, resoluções, que sem o Espírito Santo é absolutamente impossível praticar.

A alma batizada é um templo onde está permanentemente o Espírito Santo. Quando o Anjo disse a Nossa Senhora que Ela era cheia de graça, disse que Ela era um vaso de eleição que transbordava do Espírito Santo.

A alma de todo santo transborda do Espírito Santo. Nela acaba não havendo a não ser Ele.

Então, o “Veni Sancte Spiritus” pede um dom excelente: "Enchei os corações de vossos fiéis".










Seguido de um outro pedido: “E neles acendei o fogo de vosso amor”.

É o pedido de que o Divino Espírito acenda em nós o fogo do amor de Deus, das coisas sobrenaturais, da apetência pela boa doutrina, pela virtude, pela generosidade, a luta e a contemplação.

O Espírito Santo é a chama que acende esse pavio que somos nós.

Quantas pessoas ficam desoladas e dizem: “Faço esforços, medito, mas não tomo amor às coisas católicas! A minha alma parece uma alma árida e seca, um deserto sem água...”

Por que isto? É porque está esperando essas qualidades de si própria. Não devo esperar de si, mas da graça de Deus.

Devo pedir, se não tenho. Peço porque não tenho. E, se tenho, peço para ter mais. Nunca na vida se deve deixar de pedir essa moção interna de Deus na alma.

Depois, o hino insiste na idéia de: “Enviai, Senhor, o vosso Espírito, e tudo será criado”.

Todo o espírito de sensualidade e de orgulho, que são o fundo do oposto, do espírito da Revolução, é estraçalhado quando Deus envia seu Espírito.

O Espírito Santo acende o espírito de humildade, de hierarquia, de pureza.

Um sopro do Divino Espírito Santo pode acabar completamente com o mal no mundo, quer dizer a Revolução. A Revolução é fundamentalmente um espírito mau. Desde que o Divino Espírito Santo tenha pena de nós e que queira agir, Ele pode acabar com a Revolução.

Esse pensamento aparece novamente na oração: “Deus, que pela ilustração do Espírito Santo ensinastes os corações dos fiéis, concedei-nos ‒ e aqui está a coisa importante ‒ saborear no mesmo Espírito as coisas retas e gozar sempre de vossa consolação”.

Se há uma coisa que o mundo de hoje perdeu é o sabor das coisas retas. O mundo de hoje só acha sabor na imoralidade, na agitação, na desordem, na subversão de todos os valores.








Numa cidade como São Paulo, o que é que se está fazendo neste momento?

Vai-se longe o tempo em que os homens encontravam distração, entretenimento, atrativo, estabilidade de alma na consideração das coisas retas.

As coisas retas hoje são tidas como insípidas. O mundo não compreende a delícia das coisas retas, e sobretudo daquelas mais altas que nos levam para o Céu, que nos dirigem para Deus.

Esse sabor das coisas retas, do que é honesto, direito, é o Divino Espírito Santo que nos dá, e devemos pedir que seja restaurado em nós.

Uma relação entre isso e Nossa Senhora:

Ela é a Esposa do Divino Espírito Santo. E como Esposa perfeitíssima e fidelíssima, o Espírito Santo encontra n’Ela a plenitude de sua complacência, e a Ela não recusa coisa alguma.

Por causa disso, Ela é nossa Medianeira seguríssima junto ao Espírito Santo.

Se queremos alguma coisa do Espírito Santo, devemos pedir por meio d’Ela.

Então, pedir a Nossa Senhora especialmente o sabor das coisas retas, elevadas, sublimes, daquilo que na Terra nos fala do Céu e nós da o horror e a aridez para com as coisas que são de outra natureza.


Eis o texto em latim (como é cantado):

1. Veni Sancte Spiritus, et emitte cælitus, lucis tuæ radium.
1. Vinde, Espírito Santo, e enviai do céu um raio de Vossa luz.

2. Veni pater pauperum, veni dator munerum, veni lumen cordium.
2. Vinde, pai dos pobres, vinde dispensador dos dons, vinde luz dos corações.

3. Consolator optime, dulcis hospes animæ, dulce refrigerium.
3. Consolador por excelência, hóspede da alma, nosso doce refrigério.

4. In labore requies, in æstu temperies, infletu solatium.
4. No trabalho, sois repouso; no ardor, sois calma; no pranto, consolo.

5. O lux beatissima, reple cordis intima, tuorum fidelium.
5. Ó luz beatíssima, penetrai até o fundo do coração dos que vos são fiéis.

6. Sine tuo numine, nihil est in homine, nihil est innoxium.
6. Sem vossa graça, nada há no homem, nada que não lhe seja nocivo.

7. Lava quod est sordidum, rega quod est aridum, sana quod est saucium.
7. Lavai o que é impuro, fecundai o que é estéril, ao que está ferido curai.

8. Flecte quod est rigidum, fove quod est frigidum, rege quod est devium.
8. Dobrai o rígido, aquecei o que é frio e o que se extraviou, guiai.

9. Da tuis fidelibus, in te confidentibus, sacrum septenarium.
9. Dai aos que vos são fiéis e em vós confiam, os sete dons sagrados.

10. Da virtutis meritum, da salutis exitum, da perenne gaudium. Amen.
10. Dai-lhes o mérito da virtude, a salvação no termo da vida, a eterna felicidade.

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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O HOMEM DO SUDÁRIO

O HOMEM DO SUDÁRIO

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O Homem do Sudário




Exposição "Homem do Sudário", Curitiba


Sob o título Homem do Sudário, realizou-se em Curitiba, no Shopping Center Palladium, uma extraordinária exposição sobre o Santo Sudário de Turim.

Reproduções em tamanho natural da própria relíquia; da Coroa com a qual foi crucificado o Salvador, feita com espinhos da mesma planta que foi usada na Paixão, colhidas nas proximidades de Jerusalém; dos cravos que pregaram o Redentor na cruz; dos dois tipos de flagelos usados pelos romanos na época; tudo isso apresenta uma imagem impressionante do que foi o indizível sofrimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, como também o esplendoroso de sua Ressurreição.





Percurso do Santo Sudário na História




Cerca de 30 painéis temáticos explicam detalhadamente os vários aspectos da exposição. Um mapa mostra o caminho percorrido pelo precioso linho desde Jerusalém, passando por várias cidades do Oriente Médio e pela França, até chegar a Turim.

O trajeto foi cientificamente comprovado pela presença de pólen de plantas típicas de cada região percorrida.

A projeção de imagens que se superpõem apresenta um estudo comparativo, mostrando a semelhança das pinturas da face do Salvador feitas a partir do século IV, com a imagem obtida na fotografia do Santo Sudário.

Isto se explica pelo fato de o Concílio de Nicéia (325) ter determinado que, a partir de então, toda reprodução deveria ter como modelo aquela relíquia.


Reprodução holográfica (tridimensional)
Muito ilustrativos também são os painéis sobre as principais descobertas científicas que comprovam a autenticidade da relíquia.

O mais impressionante de toda a exposição, entretanto, é uma reprodução holográfica (tridimensional) projetada sobre duas placas de vidro paralelas, do corpo de Nosso Senhor em tamanho natural como estava na sepultura.

A imagem é vista de pé, pela frente e pelas costas. Tem-se a impressão de estar em presença do próprio Corpo Sagrado de Nosso Senhor.

“O Homem do Sudário” supera, do ponto de vista de recursos técnicos, o que se podia ver por ocasião da última mostra oficial da relíquia em Turim, se bem que a presença da própria relíquia torne a de Turim absolutamente insuperável e incomparável.




* * *




Os ateus, materialistas e agnósticos tinham a ilusão de que o avanço da ciência haveria de lhes dar as provas definitivas de que Deus foi uma invenção humana, para explicar aquilo que os homens não conseguem entender — um mito, portanto.

Todos os mistérios do universo iriam sendo desvendados, e por fim não haveria mais necessidade de apelar para um ser superior, misterioso, que estaria na origem de tudo.

O que aconteceu foi exatamente o contrário: quanto mais avança a ciência, tanto mais ela descobre que o número de mistérios não desvendados é hoje muito maior do que aquilo que já foi esclarecido.





Coroa de espinhos




Mais ainda, ela está mostrando e provando que existem fatos inexplicáveis — milagrosos — que contrariam as leis da natureza, e de tal forma confirmam narrações históricas de milagres, que não deixam dúvidas de que os fatos realmente se deram e foram milagrosos.

Os exemplos são numerosos. Fatos como esses, cientificamente comprovados, só se encontram dentro da Igreja Católica. Os milagres de Lourdes talvez sejam os que há mais tempo vêm sendo comprovados pela ciência.

Mais recentemente, famosos institutos de pesquisas analisaram outros aspectos de milagres: os da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, que apareceu em no México em 1531; o das Espécies Consagradas, por volta do ano 700, em Lanciano na Itália; o véu da Sagrada Face de Manoppello. Todos eles com resultados surpreendentes e, para os ateus, desconcertantes.

Segundo o professor Angelo Montanti da Universidade de Glendale na Califórnia “o objeto cultural mais surpreendente e mais estudado de toda a história da humanidade é o Santo Sudário de Turim. [...] As investigações científicas têm revelado muito mais do que qualquer estudioso poderia esperar, confirmando de maneira espantosa tudo o que os textos sagrados e a história até hoje nos tinham feito conhecer. Uma falsificação é hoje hipótese inteiramente descartada. [...] A crueldade da Paixão excede de muito o que mostram as representações tradicionais de Jesus”.


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SUDÁRIO

No próximo dia 7 de Outubro de 2010, quinta-feira, se dará início no Centro Comercial Gilberto Salomão a exposição da réplica do Santo Sudário de Turim, com todos os estudos científicos que nos ajudarão a montar o quebra-cabeça de informações para responder à pergunta:
"Quem é o homem do sudário?"

Neste evento Brasília receberá a exposição com alguns objetos, tais como o o fac-símile do Sudário produzido em Turim; a reconstituição artística do Homem do Sudário; o holograma em tamanho natural da imagem, produzido pelo cientista holandês Petrus Soons; réplicas dos flagelos, coroa de espinhos, lança e pregos produzidos em Israel. Além de contar com ilustrações de painéis, vídeos e infográficos que explicam, de forma dinâmica, o que cada estudo descobriu sobre o tema.

O Santo Sudário está guardado na catedral de Turim na Itália e reúne diversos estudos e misteriosas crenças, por causa da imagem semelhante ao rosto de Jesus Cristo impressa nele. Até o hoje, é um elemento muito estudado, envolvendo inúmeras disciplinas como arqueologia, palinologia, hematologia, medicina forense, microbiologia, história, semiótica, numismática, etc.

Estudiosos admitem existir grande coincidência entre as marcas impressas no tecido e o que os Evangelhos relatam sobre a Paixão de Cristo. A coincidência começa pelo fato de o lençol ter composição rudimentar da fibra que era produzida no antigo Egito e Síria. No tecido há diversas manchas de sangue humano do tipo AB, comum em judeus. A análise do sangue indicou uma substância cicatrizante do fígado, produzida quando o corpo é gravemente traumatizado. Através deste estudo, constataram-se também cromossomos do tipo X e Y, confirmando que seria uma pessoa do sexo masculino.

Foram descobertos também certos polens no Sudário. As espécies de plantas foram identificadas. Trata-se de plantas comuns do Vale do Jordão e Mar Morto, de lugares pedregosos ou salgados e regiões desérticas.

A análise médico-forense mostra que o homem do Sudário possuía altura entre 1,75 e 1,80 m. Com idade estimada de 37 anos de raça semítica. No lençol há marcas que indicam que o Homem do Sudário foi açoitado e os ângulos das feridas permitem deduzir que havia dois flageladores. Já na marca da cabeça, há cerca de quarenta feridas causadas por objetos pontiagudos. É fácil observar que este quadro é compatível com a cabeça de quem recebeu uma coroa de espinhos. Há também marcas de feridas nas mãos e pés, como se tivesse sido crucificado.

O grande mistério é que, apesar das marcas de sangue de feridas, o lençol não apresenta marcas de decomposição, ou seja, foi comprovado haver um cadáver, mas não há nada que demonstre que houve degeneração do corpo sob o lençol. As manchas de sangue mostram que o corpo ficou em contato com o lençol durante um período entre 30 e 40 horas. Mais um forte indício que se assemelha com o Evangelho.

Polêmico ou não, as coincidências são muitas de que o Homem do Sudário possa ter sido Jesus Cristo. Independentemente de religião e da fé, este objeto arqueológico tem imenso valor. Foi responsável por inúmeros estudos e inquietantes curiosidades. Trata-se de um lençol com valor histórico e rico para a cultura mundial.

Para Brasília, não deixa de ser uma honra receber uma exposição de tamanha importância. A vinda de O Sudário, além de trazer visibilidade para a cidade, deverá aquecer a economia local, pois serão previstas conferências de especialistas sobre o tema e a vinda de turistas de diversas partes do Brasil e América Latina.

A Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe trouxe essa exposição em parceria com o mesmo Centro Comercial Gilberto Salomão, a Arquidiocese de Brasília e o movimento Regnum Christi.

sábado, 16 de outubro de 2010

MILAGRE QUE SE REPETE HÁ 674 ANOS

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Nossa Senhora das Flores de Bra

Copiado de CATOLICISMO

Devoção mais conhecida na Itália como Madonna dei Fiori tem sua origem num fato inexplicável, mas comprovado, que se repete há 674 anos: os arbustos que florescem em pleno inverno.

Valdis Grinsteins



Para tristeza dos que não crêem e alegria dos que têm fé, aparecem cada vez mais fenômenos religiosos que a ciência só pode definir como inexplicáveis.

O papel do cientista não é declarar que algum acontecimento é ou não milagre. Isso corresponde às autoridades religiosas. O papel dele é analisar com rigor científico os dados apurados e verificar se há ou não uma explicação do ponto de vista das leis admitidas pela ciência que ele estuda. Um médico especialista em câncer, por exemplo, não pode decidir se houve milagre em determinado caso de cura. Ele apenas analisa se uma cura que ocorreu é possível ou provável de acordo com a prática médica. Após isto ele emite o veredicto: tal fato é explicável; ou é inexplicável.

Vejamos o exemplo de um fato inexplicável de acordo com o veredicto dos cientistas. Um fato que se repete há mais de 600 anos, e vem sendo analisado de forma científica há quase 300 anos.

Um florescimento impossível


Como se sabe, no inverno não desabrocham flores, e o motivo é simples: a temperatura não permite que elas floresçam. Quando neva, as dificuldades para o surgimento das flores aumentam ainda mais. Isso é até uma banalidade para qualquer pessoa que viva em regiões com as quatro estações bem definidas.

Na Itália há um arbusto da família das rosas (o nome científico é Prunus spinosa L.), que alcança três metros de altura e é muito usado para erguer cercas vivas ao redor de jardins. Floresce de março a abril, ou seja, na primavera. Mas num local da cidade de Bra, naquele país, as flores aparecem em dezembro, portanto no inverno, e duram ao redor de 20 dias, mas tem acontecido de durarem muito mais. Isto ocorre independentemente de haver ou não sol, ou se existe pouca, muita ou nenhuma neve. Mais chamativo ainda é o fato de plantas do mesmo tipo, cultivadas na vizinhança, não se comportarem assim; e quando uma muda desta planta é levada para outro lugar, ela segue comportando-se de forma excepcional.

Estudos científicos sobre o florescimento impossível de Bra têm sido feitos desde 1700 pelo Jardim Botânico da Universidade de Turim. Em 1882, Giuseppe Lanvini declarava que “o fenômeno transcende as leis físicas e biológicas”, confirmando o parecer emitido em 1817 por Lorenzo Roberto, químico e agrônomo de Alba. Em 1974, Franco Montacchini, que depois tornou-se diretor do Jardim Botânico, diagnosticou a perda do normal termoperíodo por parte da planta, e acrescentou: “Necessitaríamos determinar o motivo disto”. Um dos mais famosos botânicos italianos, Augusto Béguinot, depois de rigorosas comparações das análises químicas realizadas em plantas comuns desse gênero (Prunus) e nesta planta Prunus extraordinária (as análises confirmaram que elas são idênticas), excluiu que o florescimento em dezembro seja devido a “alguma qualidade específica que se possa constatar quimicamente”. Com humildade ele conclui: “Como cientista, não conheço e não uso a palavra milagre, mas justamente como cientista devo dizer que as leis naturais que dirigem a vida dos Prunus spinosa não são suficientes para explicar este fenômeno extraordinário de um duplo florescimento”.*




O milagre...

A esta altura, provavelmente, o leitor estará se perguntando: O que tem a ver esse fenômeno botânico com a Religião? Por acaso é um milagre ecológico?


, nada disso. Acontece que justamente onde se encontra essa planta deu-se uma manifestação de Nossa Senhora, no dia 29 de dezembro de 1336. Nessa época, numerosos soldados eram contratados como mercenários, e muitos deles não se destacavam pela disciplina nem pela virtude. E aconteceu que uma senhora, Egidia Mathis, que estava grávida, voltava para casa quando foi atacada por dois soldados. Percebendo as más intenções deles, Egidia pediu auxílio a Nossa Senhora diante de uma imagem muito rústica, pintada e colocada ali perto num pequeno nicho. Em redor dela havia uma planta de Prunus spinosa. Nesse momento apareceu a Virgem, e bastou sua presença e sua luminosidade para pôr em fuga os criminosos. Egidia, certamente impressionada pelo perigo iminente, deu à luz nesse momento e no mesmo local, no meio do frio. Pegando seu filho recém-nascido, foi para casa e comunicou o que havia acontecido. As pessoas que foram ao local do fato se espantaram com o que viram: a planta estava toda florida, ao contrário das outras da vizinhança.

Como é fácil imaginar, a notícia chamou muito a atenção. Numerosas pessoas certificaram o fato, e desenvolveu-se no lugar uma especial devoção a Nossa Senhora, particularmente à medida que se repetia todos os anos o fenômeno do florescimento no meio do inverno. Em 1626 foi concluída uma igreja no local, à qual se acrescentou outra em 1933. Um dos grandes devotos dessa aparição foi São José Bento Cottolengo.

inexplicável, mas comprovado
Santuário da Madonna dei Fiori, em Bra



Seria facílimo para os incrédulos, ou para os inimigos de nossa Religião, constatar e demonstrar alguma falsidade no caso, se ela existisse. Tendo a ciência e a técnica chegado a grande desenvolvimento, ficariam eles encantados em mostrar ao mundo um caso de tapeação, acobertado sob a aparência dum milagre. Poderiam, por exemplo, procurar algum documento histórico que demonstrasse a existência desse fenômeno antes de 1336. Não faltariam tais documentos num país como a Itália, que conserva a tradição de guardá-los cuidadosamente desde o Império Romano. Também poderiam realizar outros tipos de testes científicos, buscando uma explicação natural. Acontece que esses testes foram realizados. Alguns analisaram o terreno, para verificar se por algum motivo a terra onde se encontra a planta é diferente do solo dos arredores. Nada encontraram. Outros realizaram provas eletromagnéticas, pensando que talvez alguma corrente subterrânea pudesse provocar fenômeno tão estranho. Igualmente ficaram desapontados. Apenas puderam constatar, como cabe aos cientistas, que o fenômeno é inexplicável.
Algum leitor poderá ficar surpreso com este relato. Habituado talvez com imagens mirabolantes que vê a toda hora na TV ou no cinema, produzidas por efeitos especiais, deve estranhar que nada tenha ouvido a respeito desse milagre. Mas tal surpresa seria realmente surpreendente, quando se conhece o cuidado todo especial que a mídia toma para evitar a divulgação de quaisquer fatos ou fenômenos que estimulem a verdadeira fé dos cristãos. A tal ponto que as pessoas honestamente desejosas de conhecê-los têm de recorrer a outras fontes e meios, como fazemos nós. Em concreto, o relato desse milagre chegou-me através de um amigo leitor de Catolicismo, ao qual muito agradeço. Depois de pesquisar sobre o assunto, decidi compartilhá-lo com os demais leitores.

Para quem tem fé, o milagre é uma manifestação a mais do poder e da bondade de Deus. E para quem não a tem, o milagre gera um sério problema de consciência, pois lança dúvida sobre os fundamentos nos quais se apóiam suas falsas certezas. Por isso mesmo, muitos preferem não o olhar de frente. Também por isso mesmo, devemos rezar a Nossa Senhora para que eles tenham ao menos a honestidade de reconhecer que o fato é inexplicável, como fazem os cientistas quando não há explicação natural para o fenômeno. Resta a explicação sobrenatural, que sempre existe!


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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Ex-espião do Vaticano


I - A MENTIRA

1 - "PREGANDO O EVANGELHO E CONFIANDO EM DEUS" - “(...) Era Alberto realmente quem reivindicou ser? - Assim que o testemunho de Alberto Rivera ficou público, a Igreja católica romana começou seu plano de boicotar esta operação. Alberto sabia demais! Ter sido preparado para liderança dos Jesuítas, ele tinha informações em coisas muito sensíveis para escrevê-las. Agora ele estava dizendo tudo o que sabia ao mundo! Alberto estava sendo denunciado como se nunca tivesse sido um padre, embora ele possuisse documentação clara. Um artigo escrito por Gary Metz, atacava Alberto e o acusava de todos os tipos de coisas. Alberto recusou-se a gastar sua vida discutindo com seus acusadores. Ao invés, ele marchou em frente, pregando o evangelho, e confiante na proteção de Deus....”

2 - "TRAZER O EVANGELHO PARA UM BILHÃO DE CATÓLICOS" - "O editor dos quadrinhos que contam o testemunho da vida do Ex-Jesuíta Alberto diz o seguinte: "Dezoito anos atrás, pela providência de Deus, o Senhor indicou um homem com uma mensagem vital junto com um homem que teve um veículo para espalhar isto. Eu agradeço a Deus por me permitir trabalhar com Alberto na criação dos seis quadrinhos das Séries de Alberto. O propósito destas
obras de Deus são:

1. Expor o catolicismo romano para o mundo e obstruir seu programa de trabalho.

2. Trazer o evangelho para um bilhão
de católicos romanos presos em um sistema religioso sem salvação."


II - ONDE SE ENCONTRA

http://www.org.br/testemunhos/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=1159&menu=14&submenu=5
http://www.org.br/ex-padre4.htm


CANTADO EM VERSO E PROSA NOS SITES EVANGÉLICOS: - O falso ex-jesuíta ALBERTO RIVERA é cantado em verso e prosa em quase todos os sites evangélicos. Vejam alguns exmeplos:

1 - LETRAS SANTAS - http://letrassantas.blogspot.com/2007/06/histrias-em-quadrinhos-alberto-rivera.html

2 - ALBERTO TO LAST DAYS - http://albertolastdays.com/

3 - A BOA NOVA - http://boanova.tripod.com/2cpag01.htm

4 - A VERDADE QUE MUITOS TEMEM - http://br.groups.yahoo.com/group/solascripturatt/message/1863

5 - DE ROMA A CRISTO - http://pt.justin.tv/alexortega/c/C11E2FD4A3/DE_ROMA_A_CRISTO__9___ALBERTO_RIVERA

6 - POSTADO POR UM EVANGÉLICO - http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080118143441AAhc58W

7 - IGREJA EVANGÉLICA UNÇÃO E PODER - http://www.uncaoepoder.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=359&Itemid=147

8 - ADVENTISTAS - http://www.adventistas.com/abril2002/sermao_jesuitas.htm


III - A VERDADE

QUEM É, POIS, O VERDADEIRO ALBERTO RIVERA ?

Dave Amstrong escancara a impostura sobre a vida e conversão de "Alberto" um dos mitos criados e cridos por muitos evangélicos em todo o Continente:

ALBERTO RIVERA, suposto Sacerdote Católico, Bispo e herói anti-católico da revista COMIC de JACK CHICK foi considerado como uma fraude total por GARY METZ (evangélico), em dois artigos que apareceram nas seguintes publicações evangélicas:


1) "A HISTÓRIA DE ALBERTO" - Revista: PEDRA ANGULAR, Vol. 9, no. 53, ano
1981, Pág. 29-31.

XXXXXXXXXXXXXXX 2) "CRISTANDADE HOJE", 13 de março de l981.

O Instituto Cristão de Investigação (CRI), fundado pelo falecido Dr. WALTER MARTÍN, amplamente conhecido como o evangelista mais destacado especialista em seitas, também fez um trabalho-exposição sobre RIVERA.

Serão mostrados alguns extratos do primeiro artigo mencionado acima.


Não se esqueça que o mencionado aqui é fruto de uma investigação realizada e publicada por protestantes que descobriram a falsidade do testemunho de ALBERTO RIVERA:

1.- "A Igreja Cristã Reformada", Publicações Zondervan, e a Mesa Diretora da "Escola Dominical" da Igreja Batista do Sul que proibiram vender as revistas "ALBERTO" em suas livrarias por considerá-las falsas.

2.- JACK CHICK comentou que as livrarias cristãs estão sendo infiltradas por equipes secretas de propaganda católica que exercem pressão sobre o dono até que este se "comprometa com Roma e tire ALBERTO de sua prateleira"

3.- "Alberto" é uma história verdadeira? Não! Absolutamente não. Nossas investigações intensivas manifestam seu registro publicitário, suas fraudes de inversão, seus cheques sem fundos, seu testemunho contraditório, seu histórico escolar fabricado e verificação de abuso familiar... ALBERTO RIVERA, também conhecido como ALBERTO ROMERO, tem um histórico de problemas legais. Está envolvido em uma ação da corte no sul da Califórnia, acusado de fraude.

4.- Em 1965, foi emitida uma ordem de apreensão em Hoboken, New Jersey, por ter emitido cheques sem fundos. Também deixou de pagar dívidas que ultrapassam $3,000 Dólares.

5.- EM 1969 foram emitidas ordens de apreensão em sua conta em DeLand e Ormon Beach, Flórida. A primeira ordem foi por roubo de um cartão de crédito Bank-Americard. A divisão de investigação Criminal do Bank of America reportou que havia em sua conta um débito de mais de
$2,000 Dólares. A segundo ordem de apreensão foi devida ao "uso sem autorização de um automóvel". Alberto abandonou o veículo em Seattle,Washington. Daí levado para Califórnia do Sul.



6.- A forma em que Alberto conta de sua converção é contraditória. Em 1964 ao trabalhar para a Igreja Cristã Reformada, ele disse que foi convertido do catolicismo em julho de 1952. Depois garantiu que que foi em 1967 (3:00 na manhã de 20 de março de 1967).

7.- Disse que se desligou imediatamente da Igreja Católica. Não obstante, cinco meses mais tarde, em agosto de 1967, ele defendia o catolicismo no movimento ecumênico em uma entrevista periódica em sua terra natal de "Las Palmas" nas Ilhas Canárias.

8.- Alberto infunde um grande respeito em muitos fazendo-os acreditar em seus numerosos títulos de graduação escolar que diz possuir, que inclui:


Doutorado em Filosofia...
Doutorado em Teologia...
Doutorado em Sociologia
Doutorado em História...
Doutorado em Bíblia.......
Mestrado em Psicologia.


Entretanto, se revela ambíguo quando se lhe pergunta donde recebeu estes títulos. Alberto participou de um seminário em Costa Rica (O Seminario Bíblico Latino-Americano) com um amigo de Palmas, porém Alberto não se graduou. Esse amigo, o Reverendo Plutarco Bonilla (respeitável líder cristão na América Central), disse que Alberto nunca terminou o preparatório em Las Palmas e que ele estava no seminário no programa para os não graduados. A escola menciona em uma carta que se viu forçada a expulsar Alberto por constantemente: 'mentir e desafiar a autoridade do seminário.' A cronologia conhecida de sua vida não lhe permite tempo para ter conseguido a posição acadêmica que reclama.


9.- Quando o Reverendo Wishart [antigo colega de Alberto, e velho pastor da Primeira Igreja Batista de São Fernando] pressionou Alberto a respeito de seus graus de escolaridade, Alberto admitiu tê-los recebido de imprensa em Colorado. Isto pôs fim à sua relação. O pastor Rasmussen (1ª Igreja Batista da Fé de Canoga Park, California) pediu também a Alberto que se submetesse a uma prova de detector de mentiras que autenticaria algumas de suas alegações. Alberto disse que se submeteria. Três datas foram marcadas e em todas as ocasiões deixou de apresentar-se.

10.- Ele conheceu sua primeira 'esposa' em Costa Rica ao trabalhar na Igreja Metodista. O Rev. Bonilla disse que Alberto vivia aí com uma mulher, no final da década dos cinquenta, mas que eles não estavam casados legalmente: Alberto disse que Deus havia validado seu matrimônio.

Alberto mencionou, num formulário de pedido de emprego que ele e Carmem Lydia Torres se casaram em 25 de novembro de 1963.

Seu filho João nasceu em Hoboken, Nova Jersey, em setembo de 1964. . .

Um supervisor naquele tempo, o Rev. Edson Lewis, disse que Alberto abusava fisicamente de Carmen Lydia e de João. Menos de um ano depois de seu nascimento, em julho, 1965, João morreu em El Paso, Texas. Daqui os pais de João fugiram, depois de ter emitido cheques sem
fundos em Nova Jersey.

Um outro filho, chamado Alberto, nascia em 1967 ou 1968. É difícil determinar o paradeiro do menino Alberto hoje, mas o Rev. Abrego [sócio e antigo companheiro de quarto de Alberto] declarou que ele foi colocado em uma assistência em Tennessee.

Além desse Alberto e Lydia tiveram outro filho, Luis Marx, pelo início de 1969. Enquanto eles se encontravam em Flórida, seus anfitriõnes declararam que Luís Marx sofria de maltratos. Não se conhece o que sucedeu com Luis Marx, porém, quando Alberto viajou com o carro e cartão de crédito, já não estava com eles o menino.

O que aconteceu com Carmen Lydia depois de estar em Seatle é também desconhecido, porem Alberto tornou a se casar em 1977 com Nury Frias, uma mulher da República Dominicana.

Não se conhece igualmente se ele esteve casado legalmente e/ou divorciado da outra mulher.

De qualquer modo a credibilidade de Rivera é prejudicada extremamente ao decobrir que ele teve dois filhos (João e Alberto) na América durante o tempo que disse ter praticado o sacerdócio celibatário na Europa!

Que pensa Jack Chick a respeito disso?

Quando foi localizado finalmente, por telefone, na sua residência, disse que que nunca tinha conhecido um homem mais santo que Alberto, e que ele sabe que a história é verdadeira porque 'orou por ele.'

Jack disse temer que sua própria vida fosse ceifada por assassinos jesuítas [até hoje se encontra vivo depois de 17 anos].

11.- Quando localizamos Alberto por telefone, ele se recusou também entrevistar-se conosco. Alegou que qualquer perversidade antes de sua conversão em 1967 foi feita sob as ordens da Igreja Católica e que qualquer maldade após sua conversão não passam de maquinação dos conspiradores.

Como vimos, o conto de Alberto é fraudulento, como a história John Todd, outro protegido de Jack Chick, que garantiu que a bruxas estão tomando o mundo (veja a revista #48 da Pedra Angular).

Alberto criou astutamente um cerco, um sistema paranóico de defesa que torna difícil pegá-lo em assuntos específicos. Sempre pode se desvencilhar de qualquer acusação por ser parte do complô jesuíta.


As fraudulentas alegações de Alberto Rivera ressaltam um fato triste: muitos protestantes têm uma visão distorcida dos católicos tal qual os brancos tinham dos negros no princípio do século. O homem negro foi caracterizado como "de muito ritmo e pouco cérebro", enquanto o católico é representado como um autômato que está na escravatura inquestionável das autoridades da Igreja.

Em uma publicação posterior da revista Pedra Angular (Vol. 10, no.54), em um artigo, responde a Chick". Jack T. Chick publicou uma contestação de três páginas a denúncia de Gary Metz sobre Alberto Rivera:

Em sua carta de 25 de março de 1981, assinada também por Rivera, Chick declara que "a destruição sistemática do mistério de John Todd foi repetida pelo Vaticano para também destruir a Alberto". (Todd declarava ter sido um dos líderes de uma conspiração internacional de bruxas para estabelecer a Jimmy Carter como o Anticristo; Chick promoveu o conto de Todd algum tempo atrás em sua revista Cómic.) Chick acusa à revista Cristandade Hoje e a Pedra Angular, porque ambas desmascararam a John Todd, de continuar a causa do 'anticristo no Vaticano'

Um exemplo típico da defesa de Chick sobre Alberto: a evidência dos graus de escolaridade de Alberto desapareceram porque o Vaticano "eliminou o nome do Dr. Rivera de todas as diretorias em escolas, nos seminários e nos colégios; os sócios e conhecidos antigos de River contradizen seu conto porque eles são "espias" do Vaticano; as mulheres com as quais esteve envolvido eram da Legião de Maria ou da Juventude Católica.

Assim, com a varinha mágica da conspiração. Rivera se exonera de qualquer evidência que se possa aduzir contra ele. Sem dúvida, que uma desculpa desta natureza somente pode se encoberta por outra mentira.


Este é o ALBERTO!!!!


Cremos que se JACK CHICK tem realmente alguma coisa para acusar os católicos, terá de abster-se de desculpinhas fajutas e encontrar uma fonte mais segura de informação.

A terceira revista de Chick sobre Rivera "OS PADRINHOS" contém as seguintes declarações completamente falsas, elevadas a "status" de verdade solene:

- O Vaticano planeja exterminar os judeus e preparar sua sede papal no tempo de Jerusalém, donde o Papa reinará como Deus, literalmente cumprindo as profecias sobre o "homem ímpio" em 2Tessalonissenses 1,3-4;

- O Vaticano financiou a guerra Muçulmano-Israelita no século 10;

- Abraão Licoln foi assassinado por jesuítas;

- Os fundadores do comunismo Carlos Marx e Frederico Engels foram instruídos e dirigidos por jesuítas;

- Os jesuítas também treinaram Leon Trotsky, Lenin e Joé Stalin;

- Adolfo Hitler foi empossado pelos católicos enquanto que seu livro Mein Kampf foi realmente escrito por um sacerdote jesuíta;

- O Vaticano também esteve por trás da I e II guerra mundial e da Revolução Russa em 1917;

- O Ku-Klux-klan, os nazistas e maçons são secretamente dirigidos por agentes jesuítas;

- Todas as demais autodenominadas conspirações internacionais (Os iluminati, os comunistas, os Bilderbergers, a Comissão Trilateral, o Conselho de Relações Forais, o Clube de Roma,etc.) foram de fato, criadas pela Igreja Católica como uma lufada de fumaça para desviar a atenção do Vaticano;

Sobre todos estes contos e novelas,a revista "Pedra Angular" feita pelos protestantes explica:

A declaração de Rivera de ter sido sacerdote, bispo e agente de inteligência para a hierarquia católica Romana tem sido discutida em revistas anteriores... consideramos esta declaração como uma deslavada mentira... Estou assombrado de como Jack Chick pode ter uma visão tão paranóica da história; a palavra "catolicofobia" se forma imediatamente em minha mente. Foi por causa dessa propaganda que duas edições anteriores da revista "Comic" de Chick foram proibidas pelo governo canadense em outubro passado o qual a elas se refere como revistas
dentro da categoria de "LITERATURA OBSCENA".

Verdadeiramente, ao crer-se que exita uma conspiração jesuíta secreta, diria que Alberto Rivera faz parte dela. Suas acusações ridículas têm prejudicado a causa legítima das relações Protestante/Católicas.

Quem fez a investigação foi um evangélico chamado GARY METZ. O artigo apareceu na revista 'CRISTANDADE HOJE' (fundada por Billy Graham e não é exatamente uma revista católica senão protestante) em 13 de março de 1981.

Eis porque "Alberto" e suas revistas é uma verdadeira fraude que tem enganado até os próprios evangélicos.

(Traduzido por Carlos Alberto Martinez).

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GENTE FINÍSSIMA!

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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Não somente bispos e padres

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Aos bispos e padres Igreja Católica, juntam-se agora, também os pastores evangélicos. Deitam a língua no PT por causa de seus objetivos pró-aborto, pró-gays-lésbicas, e pró-mordaça da imprensa.

Aqui quem fala é o pr. Silas Malafaia. Ouçam-no e vejam se não tem razão:


Calúnias contra Lula e contra Dilma

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REVOLTANTE!!!! MENTIRAS QUE INVENTAM CONTRA DILMA E LULA.




Dizem que:

1. Lula é comunista.
2. Lula come criancinhas;
3. Dilma inventou a segunda-feira;
4. atirou o pau no gato;
5. mudou Orkut prá pior;
6. inventou a vuvuzela;
7. perícia revela: Dilma tem um terceiro mamilo;
8. vendia Marlboro para bebê fumante;
9. Dilma comemorou com uruguaios a Copa de 50 etc”.



AGORA A VERDADE




sexta-feira, 8 de outubro de 2010

DITADURA DO PT - PADRE ABRE O BICO E DESCE A MADEIRA

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AMEAÇA: LULA CONTRA O VATICANO

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BRASILIA, 07 Out. 10 / 07:45 pm (ACI).- A agência italiana ANSA informou que o secretário pessoal do Presidente Luiz Lula Da Silva, Gilberto Carvalho, disse à cúpula da Igreja que se continuarem os questionamentos contra a candidata Dilma Rousseff –devido à sua postura favorável ao aborto– poderia ser revisado o acordo assinado com o Vaticano.

ANSA, que recolhe uma notícia do jornal Valor Econômico, assinalou que Carvalho se reuniu com
membros da Conferência Nacional de Bispos do Brasil e comunicou que o governo pode voltar a discutir o acordo que contempla o apoio a escolas católicas e outros benefícios.
Lula revisaria o acordo assinado por Lula e o Papa Bento XVI em 2007 no Brasil, e ratificado em 2009 no Vaticano, depois do qual foi aprovado pelo Congresso, onde foi questionado por congressistas evangélicos.
fonte: aci digital

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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

PROTESTANTISMO E O ATRAZO CULTURAL


... Ao nascer a Reforma, já na Europa cristã, de há muitos séculos se havia delineado, sob o alto patrocínio da Igreja, o grande movimento intelectual que preparou os esplendores das civilização moderna. As escolas primárias extraordinariamente multiplicadas cobriam o Ocidente cristão. As universidades franqueavam as suas portas à juventurde ávida de saber. Os monumentos de arte aformoseavam as cidades; as catedrais góticas, milagres de ciência, arte e fé, elevavam as suas agulhas e suas ogivas como testemunhas perenes da alta cultura das gerações que as idearam e executaram.

À Reforma já não restava nenhuma iniciativa no campo intelectual. Cronologicamente a Igreja a precedera de muitos séculos na obra civilizadora. Só a uma glória podia ela pretender: a de secundar esta ação benfazeja, ultimando a tarefa iniciada e guiando rapidamente os povos ao fastígio da grandeza espiritual, longa e laboriosamente preparada pelos esforços dos séculos que a precederam.

Estas glória, infelizmente, não a podem vindicar os reformadores. O grande movimento anticatólico provocado no século XVI pela revolta de LUTERO foi a maior remora ao progresso das ciências e das letras nos tempos modernos. O advento do protestantismo inaugurou uma crise intelectual em que por quase dois séculos se debateram os países que o abraçaram.

Esta tese, que a mais de um leitor há de causar a maravilha de um paradoxo, é a que empreendemos agora demonstrar. Seremos largos em citações e em citações contemporâneas e em citações de protestantes.25 Não se trata de declamar mas de provar e provar uma verdade histórica. Fatos e documentos irrefragáveis serão os alicerces inconcussos, sobre os quais havemos de fundamentar as nossas conclusões.

Levados pelo ódio cego ao Papado e a todas as suas instituições, os primeiros reformadores envolveram no mesmo anátema tudo o que a Igreja católica havia criado, protegido, abençoado.

As maldições começaram contra a natureza humana e as mais nobres das suas prendas: a razão e a vontade.

Para a filosofia católica, a razão é a mais excelente das faculdades humanas. Na ordem puramente natural é o farol luminoso que orienta toda a nossa atividade. Na ordem sobrenatural, sem nada perder de sua dignidade nativa, ela se eleva e enobrece, pondo ao serviço da revelação divina o melhor de suas luzes. À razão pertence conduzir o homem à fé. À filosofia incumbe a nobre missão de guiá-lo aos umbrais da teologia. As universidades são o vestíbulo do templo. Entre a razão e a fé, portanto, nenhuma contradição possível; dons, uma e outra, do mesmo Deus, pai de todas as luzes, hamonizam-se nos laços da mais estreita aliança. E eis porque a Igreja, coluna infalível da verdade, como defendeu em todos os tempos o depósito da revelação contra os assaltos da heresia, assim tutelou com não menor energia os direitos da razão, amesquinhada pelas mutilações do cepticismo ou pelas cavilações dos sofistas.

Não assim entendeu LUTERO. O princípio fundamental da sua reforma religiosa repousa sobre o aniquilamento da razão. A mais nobre das nossas faculdades de conhecimento é radicalmente incapaz de elevar-se a Deus. "Nas coisas espirituais e divinas a razão é completamente cega"26

Razão e fé, ciência e teologia se contradizem como inimigas irreconciliáveis. "A Sorbona, mãe de todos os erros e de todas as heresias, professa um princípio detestável, afirmando que uma proposição verdadeira em teologia deve também necessariamente ser verdadeira em filosofia",27 Destarte, em consequência de suas doutrinas religiosas foi LUTERO levado a admitir a teoria das duas verdades: uma tese pode ser verdadeira em teologia e falsa em filosofia, impor-se ao crente como verdade revelada e repugnar ao sábio como contradição formal. Devemos crer o que a inteligência nos demonstra como absurdo. É a renúncia à lógica e o suicídio da razão.28

Nesta alternativa de optar pela razão ou pela fé, qual o dever do crente? Aniquilar a razão, estrangulá-la com uma besta feroz.
"É necessário reduzir a inteligência e a razão ao estado de faculdades latentes e mortas em que se acham na infância; só assim poderemos chegar à fé, pois a razão contradiz a fé".29
"Os verdadeiros crentes sufocam a razão depois de lhe dirigir esta advertência: ouve-me, razão minha, tu és cega, louca, nada compreendes das coisas do céu. Não levantes tanto clamor, emudece e não penses que podes julgar a palavra de Deus. Assim fecham os crentes a boca da fera, a que nenhuma outra força poderia impor silêncio e esta é a obra mais meritória, o sacrifício mais agradável ao Senhor".30
"A razão é diametralmente oposta à fé; o verdadeiro crente nada tem que ver com ela. Mais. Incumbe-lhe o dever de destruí-la inteiramente e sepultá-la. É verdade que os anabatistas fazem da razão o facho da fé, dizem que a sua missão é iluminá-la e indicar-lhe o caminho. A razão irradiar luz? Sim irradia luz, como... (vá em alemão o resto) wie ein Dreck einer Laterne" ("... como uma confusão de uma lanterna"???).31

Por vezes o seu estilo intemperantemente cínico e descomposto encontra para vilipendiar a razão expressões tão baixas e obscenas que só acham parelha nas sua invectivas contra Roma.

Veda-nos o pudor traduzir aqui estas salacidades de boldel. Depois de acabrunhar a nobilíssima entre as faculdades humanas com o ultraje ignominioso de prostituta, termina atirando-a ao lugar mais imundo da casa.32 Assim falava o grande reformador nos seus sermões, assim ultimava o seu curso de pregações em Wittemberga - como se remata uma orgia.

Depois desta ignomínias, que maravilha que "os emancipadores da razão humana" se desmandassem contra os seus mais abalizados representantes e tentassem extinguir todos os focos donde ela irradia a sua claridade?

Aos olhos de LUTERO, ARISTÓTELES, não passa de um "comediante que por muito tempo enganou a Igreja com as suas máscaras gregas"; é "um Proteu, o mais astuto enganador dos espíritos; se não fora de carne, não deveríamos hesitar em ver nele o diabo".33 "De TOMÁS DE AQUINO duvido se se salvou ou se condenou... TOMÁS escreveu muitas heresias e inaugurou o reino de ARISTÓTELES, devastador da santa doutrina".34

As universidades são "espeluncas de assassinos", "templos de Moloch", "verdadeiras cidades do diabo na terra". O ideal fora destruí-las todas. O estudo das literatura clássica é um ciência ímpia, pagã, diabólica. "O deus Moloch, a que os hebreus sacrificaram os seus filho, é hoje representado pelas universidades às quais imolamos a maior e melhor parte da nossa juventude... O que, porém, nunca se poderá bastantemente deplorar é que a juventurde é, nelas, instruída nesta ciência ímpia e pagã que tende a corromper miseramente as almas mais puras e os ânimos mais generosos".35 As escolas superiores mereciam ser destruídas até aos alicerces; desde que o mundo é mundo não houve instituição mais diabólica, mais infernal".36

"Se a revelação cristã condena evidentemente a carne e o sangue, isto é, a razão humana e tudo o que do homem procede, como incapaz de nos levar a J. C., claro está que tudo isto não passa de mentiras e trevas. E no entanto as altas escolas, estas escolas diabólicas fazem grande alarde de suas luzes naturais e guindam-nas até aos céus, como se fossem não só úteis senão indispensáveis à manifestação da verdade cristã. Assim que hoje é coisa perfeitamente estabelecida que todas essas escolas são invenção do demônio para obscurecer o cristianismo... Nelas se ensina que a luz divina ilumina a luz natural como o sol ilumina e faz ressaltar um belo painel: todas essas são idéias pagãs e não doutrina de J. C. Por esta forma as escolas instruem os seus doutores e sacerdotes mas é o demônio quem fala pelos seus lábios, etc., etc.".37


Como se vê , a Reforma desde os seus primódios, com suas tendência subjetivas e sentimentais, assumiu uma posição declaradamente antiintelectulista.

Com razão, poi, escreve PAULSEN: "O protestantimo na sua origem e na sua natureza é irracional: A razão, por si mesma, nada pode conhecer de quanto concerne à fé. A palavra de Deus: eis a única fonte de fé. O papel da razão em face da Sagrada Escritura é meramente formal: determinar-lhe o sentido genuíno. A teologia não passa de uma exegese filológica: gramática in sacra pagina occupata. Uma demonstração racional e filosófica das verdades das salvação não é nem possível nem necessária... Tal a concepção de Lutero".38

Eis a doutrina; vejamos-lhe os frutos. Eis os princípio; estudemos-lhe as consequências. Os frutos e as consequência foram a baixa geral do nível dos estudos, a decadência literária e científica em toda a parte onde a Reforma prevaleceu. E o que já observara em ERASMO: "Ubiquoque regnat Lutheranismus ibi literaram est interitus"39 e em outro lugar: "Ubicumque sunt ibi jacent omnes bonae disciplinae com pietate".

Particularizemos. Foi no ensino popular que primeiro exerceram sua influência mortífera as doutrinas reformadas. A instrução dos pobres e dos humildes recebeu o primeiro golpe.

Aqui não quero outro testemunho senão o do próprio LUTERO. Em 1524 numa carta aos burgomestres e conselheiros das cidades, lamentava ele: "De dia para dia experimentamos como nos países alemães as escolas vão caindo em completa ruína. Desde que faltaram os mosteiros e as fundações, já ninguém quer ensinar os próprios filhos e obrigá-los a estudar. Isto é obra do demônio" (personagem infalível nos escitos do reformador)... Sob o papado, o demônio havia estendido as suas redes por meio dos mosteiros e das escolas de tal maneira que sem um milagre de Deus não era possível que delas escapasse uma criança"...40 "Agora que a luz do Evangelho nos libertou das contribuições e roubos dos clérigos por que não empregais uma parte do que economizastes na educação da juventude? Dos particulares não há que esperar, queiram ou possam fazer coisa alguma para estabelecer novas escolas. Os príncipes e senhores a quem incumbe este dever ocupam-se em viagens, cavalgadas, patinações, torneios ou verga sob o peso dos interesses importantes da adega, da cozinha e da alcova". "Por isto, meus caros conselheiros, nas vossas mãos ponho eu todo este negócio; mais que os príncipes e senhores tendes para isso ocasião e oportunidade".

Os destinatários da mensagem, porém, não se deram por entendidos. Cinco anos depois (1529) deplorava Lutero que "os conselheiros em todas as cidades e em quase todos os governos deixassem perecer as escolas, como se estas fossem livres, ou eles houvessem sido exonerados do dever de zelar pela instrução".

Quão fundadas eram estas queixas depreende-se de uma carta do próprio LUTERO datada de 1525 ao Príncipe eleitor da Saxônia: Tão geral era a desordem no país que "a não se começar logo uma vigorosa organização com auxílio do governo, em breve não haveria nem paróquias nem escolas nem alunos". Em novembro do ano seguinte em outra epístola: "Aqui já não há disciplina nem temor de Deus, porque, perdido o medo ao Papa, cada qual fez o que bem lhe parece". Para a educação dos meninos pobres "faltam sacerdotes e escolas".

Com o passar dos anos, a crise da escola tornava-se cada vez mais aguda. Em 1530 o reformador levanta a voz e dirige-se a toda a Alemanha: "Uma das maiores astúcias do malvado Satanás" é enganar os homens do vulgo que não mandem os seus filhos à escola nem os apliquem aos estudos. Não havendo já esperança dos monges e das freiras e dos párocos, como até ao presente, persuadem-se que não havemos mister de nenhum homem erudito, nem de estudar muito, mas só de descansar e fazer por bem comer e enriquecer... Caros amigos, vendo que os homens do vulgo se afastam das escolas e retiram de todo os seus filhos dos estudos para os dedicarem só aos cuidados do bem viver... resolvi dirigir-vos esta exortação... Quando gemíamos sob a tirania do papado abriam-se todas as bolsas e não havia mãos a medir em dar para as igrejas e as escolas. Então podiam levar-se os filhos aos monteiros, às fundações, às igrejas e às escolas. Agora que se deveriam fundar boas escolas e igrejas, e não só fundá-las de qualquer modo mas sustentá-las depois de fundadas, cerram-se todas as bolsas com cadeados de ferro".41´

Eis as benemerências de LUTERO no ensino primário. Depois de destruir as antigas escolas católicas, disseminadas pelo território alemão em tão crescido número que só por milagre não as frequentaria uma criança, entra a fazer apelos a particulares, conselheiros e príncipes para que fundem escolas. Mas as bolsa dos particulares fecham-se com cadeados de ferro, os conselheiros e príncipes divertem-se em guerras e montarias, em torneios e banquetes. A estes clamores perdidos no vazio reduz-se toda a ação prática do reformador.

Contra esta realidade esmagadora, que monta o sediço paralogismo mais uma vez repisado pelo gramático paulista: a Reforma fez da Escritura a única regra de fé; mas para conhecer o Evangelho é necessário saber ler; logo a Reforma "contraiu a obrigação de pôr cada um no estado de se salvar pela leitura da Bíblia", p. 126. Isto é silogismo e a história consta de fatos. O que devera ou pudera ter feito a Reforma pertence ao domínio das coisas possíveis impérvias tanto a mim quanto ao Sr. C. PEREIRA; o que de fato fez, acabamos de ouvir e é o que nos interessa aos que vivemos de realidades e não de possibilidades.

Do ensino primário se alastrou o contágio da desorganização e da desordem e contaminou outrossim as formas mais elevadas da instrução. Ouçamos este grande epicédio, este concerto fúnebre entoado pelos contemporâneos sobre a morte das ciências e das letras.

CAMERÁRIO, um dos mais ardentes propagadores da Reforma, lamenta a ruína dos estudos "destes excelentes estudos que no passado constituíam o mais belo ornamento e o mais nobre recreio dos espíritos. Quem não lembra o vivo ardor pela ciência que animava a juventude dos nossos tempos? Quem ignora a consideração e a estima em que era tido o talento? As coisas, andam mal! Mudaram de aspecto. Hoje, aos estudos não há nem amor nem estima, mas aversão. Os espíritos desgarraram da luz apenas nascentes do Evangelho para mergulharem no erro e nas trevas".42

EUSÉBIO MÊNIO, professor de matemáticas em Wittemberga: "Sinto grande confusão em comparar o desleixo da nossa época (1553) com zelo e ardor pelos estudos que, no século passado, se manifestava em toda a aparte. Os homens nos instruídos envergonhavam-se então de não saber algo de matemática e de física; hoje, estas ciências são tão descuradas que, nas numerosas fileira dos estudantes, raríssimos são os que não ignoram o que outrora era familiar até aos meninos de escola".43

"Eu não sei como explicar o fato, diz por sua vez TOMÁS LÂNSIO, professor de direito em Tubinga, mas as ciências, de par com os bons costumes e autoridade política, nos abandonam e emigam para o outro mundo".44

O descaso dos estudos manifesta-se outrossim pelo desprezo aos homens de ciência. Em vez de estima pública e da proteção oficial que caracterizam as épocas policiadas e os países cultos, os sábios não encontravam nas multidões senão indiferença e sarcasmo. "Sob a antiga Igreja, diz CHRISTÓFORO PELÁGIO, professor em Francofort, as coisas não corriam assim: mestres e alunos cumpriam com zelo e alegria o seu dever. Presentemente, em meio a esta raça de ciclopes e de vândalos, as artes e as boas letras caíram mais baixo não obstante o desprezo e o ódio que por cá se mostram aos estudos, ainda se encontrem na Alemanha vestígios das musas. O povo e não somente o povo mas aqueles que deviam dar bom exemplo, tratam hoje os doutos como se tratavam outrora os bobos e foliões".45 Com Pelágio afina PETRI, escrivão da cidade de Mulhouse. Não se poderá negar "que nestes últimos tempos, graças ao aperfeiçoamento da imprensa, tiveram os nossos maiores grande número de doutos, assinalados, comparáveis não só, mas superiores aos sábios da antiga Roma e Grécia; Não havia em nossa pátria cidadezinha e, por assim dizer, cantinho de terra que não possuisse alguns. Depois, porém, diminuiu singularmente a estima que então se consagrava aos cultores das musas. Que digo? Tornaram-se de tal modo alvo de aversão que se apontavam o dedo como monstros e até as crianças os perseguiram com apupos e injúrias.... Tão geral em nossos dias é este desprezo dos doutos que os próprios príncipes os afastam de seus conselhos e para os grandes cargos dão preferência aos homens de espada e aos nobres educados entre as loucas dissipações do mundo.46

Que diferença há entre os chefes da igreja evangélica e os bispos papistas? Pergunta CORDI, amigo de LUTERO e professor de medicina em Marburgo. "Nenhuma, responde, a não ser que, onde dominam os primeiros, as ciências e as letras estão em decadência: onde os bispos conservaram a influência, prosperam sob a sua proteção".47


Estes depoimentos individuais, que se poderiam multiplicar sem dificuldade, são confirmados pelos relatórios oficiais, inquéritos e provisões públicas.


Nas atas dos privilégios concedidos em 1529 à universidade de Marburgo pelo eleitor FILIPE DE HESSEN lê-se a seguinte declaração de motivos: "Considerando que as artes, as letras, as ciências e os estudos liberais, em geral, nos últimos tempos caíram em grande descrédito entre o povo ignorante e ameaçam cair mais profundamente; considerando que a aversão pública aos livros, aos estudos e aos próprios doutos é tão profunda e manifesta que, parece, nada se deseja mais ardentemente que ver o mundo livre deles; considerando que, se nos não apressamos em pôr eficaz remédio a semelhante estado de coisas, os estudos se vêem ameaçados, para breve, de total ruína, etc., etc."48

Os inspetores encarregados em 1573 de visitar as igrejas e escolas da Saxônia assim se exprimem no seu relatório: "De todos os males que afligem a nossa sociedade e ameaçam a Igreja e o Estado de próxima queda, o mais deplorável é talvez o mau estado das escolas inferiores nas cidades e a falta de zelo pela religião e pela ciência quer em professores e estudantes de dia para dia sempre mais se observa".49

Em Hasse a fúria dos pregadores evangélicos havia destuído todas as escolas. Vinte anos mais tarde, o conselho da cidade de Cassel, num memória ao Eleitor, declarava que "a burguesia de há muito estava queixosa porque os meninos, depois de frequentar por vários anos a única escola da cidade, não conheciam ainda as declinações e conjugações e nem ler bem sabiam". Com o tempo agravou-se este estado de coisas e em 1635 reconhecia o governo que "se não se dessem pressa em remediar os males que dele haviam resultado, toda a sociedade corria risco de cair na desordem, no embrutecimento e na barbárie".50

Modernamente, PAULSEN não faz senão resumir a impressão geral que se desprende dos fatos e documentos da época, quando escreve que, no fim do século XVIII, isto é, depois dos dois séculos imediatos à implantação da Reforma, "as universidades alemãs caíram no mais baixo estado que ainda se viu, na estima pública e na influência sobre a vida esperitual do povo alemão".51

Fora da Alemanha, o protestantismno frutificou por toda a parte a mesma ignorância. Citemos de carreira para não incorrermos em demasias fastidiosas.

Na Inglaterra, declarava em 1563 o Speaker da Câmara baixa: em consequência das rapinas e saques das fundações, ficou frustrada a educação da juventude e cortados os estipêndios dos professores. Atualmente existem menos 110 escolas que outrora e as restantes são mal frequentadas. Por isso observa-se uma surpreendente diminuição de homens instruídos.52 Nas duas universidades de Oxford e Cambridge, os numerosos colégios fundados nos tempos católicos, era na sua maioria, propriamente destinados aos pobres. Com a Reforma foram aristocratizados. Mais tarde fundaram-se novas escolas superiores, mas os pobres foram sistematicamente escluídos.

Ouvimos, há pouco, os lamentos pela falta de homens cultos. Esta inferioridade intelectual pesou por quase dois séculos sobre a Inglaterra. Fale um autor insuspeito, que organizou uma estatística interessante dos tempos em que a Grã-Bretanha jazia num "oceano de protestânticos resplendores". "O período é de 1600 a 1787, escreve W. COBBETT, período em que a França jazia sob o tenebroso despotismo da Igreja católica, como exprime o jovem Jorge Rosa ou sob a ignorância e superstição monacal, na frase de Blackstone, enquanto estas ilhas [Inglaterra, Escócia e Irlanda] nadavam num mar de luzes irradiadfas por Lutero, Crammer e seus sectários. Eis sem mais o quadro:


53.
Na França. o protestantismo nunca chegou a prevalecer; ainda assim a sua primeira irrupção foi assinalada por uma desorganização no ensino. "L'introduction du protestantisme en France eut une première conséquence, cele de retarder notablement la restauration de l'ensignement primaire en paralysant les efforts de l'Eglise et en annulant pour un temps les effets de l'invention de l'imprimerie".54 DE GEAUREPAIRE aponta-nos a causa desta decadência da instrução popular: "L'ensignement popuaire était g´néralement confié aux ecclésistiques et aux clercs qui aspiraient a le devenir; il était assem ordinairemente mis à la charge des fabriques e6t partout el était prcé sous la suveillance du clergé. Il est donc aisé de concevoir combien les écoles durent souffrer des attaques dirigées par ceux de la religion nouvelle contre de culte catholique".55

Na Suíça, da Universidade de Basiléia escrevia ECOLAMPÁDIO em 1529: "Quase todas as escolas foram fechadas, e nas que até aqui eram frequentadas por muitos alunos, vêm-se ao presente pouquíssimos, como se estivéramos em tempo de peste; assim foram as coisas e úteis envolvidas com as inúteis no desprezo geral".56 Poucos anos depois, outro pedagogo suíço assim frisava a incapacidade pedagógica e organizadora da Reforma: "Se quisermos levantar as escolar que até aqui tão deplorável e diabolicamente foram destruídas, dispersas e devastadas, devemos de novo restituir os ofícios eclesiásticos à sua natural dignidade".57

Na Dinamarca, as escolas decaíram a tal ponto que numa circular dirigida em 1594 pelo senado aos bispos (protestantes) do reino se comunicavam várias instruções para impedir a ruína geral dos estudos que não se podia negar ser iminente.

Na Suécia mesmos danos, mesmo influência perniciosa. Em duas epístolas dirigidas em 1533 e 1540 pelo rei à nação lemos o tópico seguinte: "Estamos convencidos e vos informamos que as escolas nas cidades do reino se acham em deplorável estado de decadência. Onde outrora havia trezentos estudantes não há hoje mais de cinquenta. Grande número de paróquias existe, em que as escolas se acham completamente desertas, o que não pode deixar de causar imensos prejuízos ao reino".58


O autor citado acaba de indicar-nos outra via por onde facilmente podemos julgar da decadência introduzida pela Reforma nos institutos superiores de ensino: o exame dos registros de matrícula. Ao unânime testemunho dos contemporâneos acrescentemos a aridez eloquente dos algarismos.

A universidade de Colônia, que no fim da idade média era a mais célebre das universidades renanas e chegara a contar cerca de 2.000 estudantes, com a revolução político-religiosa entrou rapidamente a decair de sua antiga grandeza. Em 1521 só se acham inscritos 251 alunos, em 1527, 72 e em 1534 apenas 54!

Eufurt era outro centro intelectual que desempenhara importantíssimo papel na evolução espiritual da Alemanha. Consultemos-lhe as matrículas. Em 1520, encontramos 311 estudantes; no ano seguinte esse número baixa a 120, em 1522 a 72, para conservar-se até 1527 abaixo de 14. "Todos os estudos científicos jazem por terra, escrevia HENRIQUE HERBEROLD, reitor da Universidade, as honras acadêmicas são desprezadas, na juventude estudiosa desapareceu todo o pudor". O próprio LUTERO, lembrando-se dos tempos de sua juventude, quando estudava em Erfurt, confessava mais tarde: "Tal era outrora a consideração e a fama de Universidade de Erfurt que, em seu cofronto, todas as outras não passavam de pequenas escolas; hoje, desapareceu toda essa glória e majestade; a Universidade está inteiramente morta". 59

Em Leipzig, a matrícula atingia nos anos de 1507-1510 a elevada cifra de 1948 estudantes; em 1517-1510 desde a 1.445; em 1527-1530 a 419; em 1537-1540 a 686, número esse desconhecido nos anais da Universidade havia mais de um século.

Em Rostock a inscrição de novos estudantes é também índice da decadência. Em 1524 inscrevem-se apenas 44 estudantes, em 1525, 15 e nos anos seguinte apenas 8!

A universidade de Wittemberga, quartel-general do reformador, contava na primeira metade do século XVI cerca de 3.000 estudantes; em 1598 eram apenas 2.000, e em 1613, 786.

Mesma decadência em Inglostadt e Francoforte. Compreende-se agora o juízo severo de R. WORTHER, teólogo suíço, que visitou os institutos superiores de ensino da Alemanha e, em 1568, escreveu as suas impressões: "As universidades alemãs acham-se ao presente em tal estado, que, fora a ignorância e negligência dos professores e a despudorada imoralidade que nelas reina, nada há digno de atenção.60

À vista de todos estes documentos, nenhum leitor sensato poderá ainda duvidar da causa deste descalabro geral dos estudos nos países reformados. A indisciplina e desregramento de costumes em professores e alunos foram a causa imediata, a pregação dos reformadores que assoalhavam uma doutrina imoral e desprestigiavam a ciência, a causa remato. Tal é a lição que se desprende espontânea do exame dos depoimentos contemporâneos.

A corrupção de costumes na juventude, a impaciência de disciplina não se conciliam com a aplicação ao estudo e o amor desinteressado da ciência. Colégios e universidades se haviam convertido em focos de dissolução. Na própria Saxônia, a Universidade de Wittemberga, onde dogmatizava LUTERO, era tida como sentina [Foco de vícios e de torpezas] pestilencial (Faetudan ckican duabiku) e dizia-se às mães que melhor fora apunhalar os próprios filhos que mandá-los lá a estudos.

Num discurso à Universidade, dia MELANCHTHON em 1527: "Quando considero como decaiu o pudor e domina a insolência, aperta-se-me de dor o coração. Nunca se mostrou a juventude tão petulante contra as leis. Agora só quer viver segundo o capricho, não se submete a ninguém, surda à palavra de Deus e às leis". Quatro anos mais tarde, num exortação aos estudantes: "Não é vontade de Deus que vos ajunteis aqui como uma multidão de ébrios para bacanais ou como centauros para bródios [festim de comes e bebes]".61

JOAQUIM CAMERÁRIO, outro protagonista da Reforma, escrevia em 1536 que muitas vezes lhe tinha assaltado a dúvida "se não que só parecem destinados a asilos de pecados e de vícios; quisera falar contigo de viva voz sobre essas coisas, porque não são destituídas de fundamentos as queixas" E lembrando-se dos tempos de sua juventude escrevia ainda o célebre filólogo alemão em 1535: "A educação e a vida são hoje muito diferentes do que na nossa puerícia"; e em 1561: "entibiou o fervor dos estudos: já não há quem deles se ocupe com seriedade; correm todos temerariamente aos empregos públicos e tudo se governa e administra de tal jeito que os espíritos reflexivos não podem deixar de temer a ruína iminente das instituições liberais e dos estudos de erudição".62

GLAREANO, professor da universidade de Friburgo, em carta de 21 de janeiro de 1550 ao amigo Egígio Tschudi queixava-se: "A juventude de hoje é tão pervertida que se assemelha à dos tempos de Sodoma e Gomorra. Embiraguez, infidelidade, irreverência aos santos e desprezo de Deus apoderaram-se de todos os espíritos". Tres anos mais tarde ao mesmo amigo: "O temor de Deus desapareceu da Alemanha; a gente tem a palavra de Deus nos lábios e Satanás no coração".63

Em Thorn o colégio dos professores assim informava o conselho da cidade em 1588: "Não é mister descrever por miúdo os males de que adoecem as escolas; são patentes a todos. A vida viciosa e o desaparecimento completo do pudor doméstico são a fonte de todos os outros males".64

Não exagerava LUTERO, quando em carta ao príncipe Jorge de Anhalt dizia: "Vivemos em Sodoma e Gomorra; de dia para dia tudo vai de mal a pior".65 Sodoma e Gomorra é de fato a comparação que ocorre mais frequente na pena dos contemporâneos para descrever o dilúvio de corrupção que alagava o país e no qual afundava principalmente a juventude escolar.

Mas o exemplo vinha de cima. Se os estudantes eram devassos e indisciplinados, os professores não eram menos negligentes nos seus deveres profissionais.

De Rostock escrevia JOÃO CULMANN em 1555: "impossível fazer a visita de todo o Mecklemburgo; os professores estão, quase todos, ausentes; aqui há apenas 100 estudantes e estes ameaçam também se dispersar".66

Passa-se meio século e Rostock não melhora. É de 1604 esta informação de PEDRO FABRICIUS ao seu amigo Jorge Calixto: "Não pode haver maior indolência do que a que domina aqui em todas as faculdades. Professores há que há três anos têm esse título e ainda não fizeram uma só preleção e nem mesmo puseram os pés numa aula".67 Em 1584 o duque GUILHERME V visitou pessoalmente a universidade de Ingolstadt. Depois de lembrar quanto fizera para elevar o nível do estabelecimento, deplora que todos os seus esforços "na maior parte dos professores não tenha produzido resultado algum; não só não melhoravam, mas eram agora mais descuidados e negligentes que em nenhuma outra época".68


Sobre a pregação das novas doutrinas pesa, em última análise, a responsahiblidade desta deplorável decadência da instrução. Navegando na esteira sulcada por LUTERO, muitos de nosos apóstolos iniciaram uma verdadeira campanha contra as escolas. Eram fundações católicas; bastava para se tornarem alvo dos seus ódios e assaltos. Em Vittemberga, berço do protestantismo, os protestantes GEORGE MOHN e GABIEL DÍDIMO proclamaram do alto do púlpito que o estudo das ciências era inútil e até pernicioso; que não se podia fazer ação mais meritório que destyuir escolas e academias. Resultado; a escola da cidade transformou-se em padaria.69

Em Basiléia, GLAREANO fazia observação análoga: "Muitíssimos pregadores se esforçaram ostensivamente por implantar sobre as ruínas da Igreja e a ciência uma espécie de oclocracia [Sistema de governo em que predominam as classes populares] ou domínio da plebe ignorante, sob a direção de predicantes demagogos. Também aí se professava que o estudo do latim e do grego era inútil e até nocivo ao cristão. Os mestres de boas letras eram acusados ao povo como fautores de paganismo e de tendências pagãs.71

Em Brandeburgo, o margrave, depois de deplorar a ruína dos estudos e a volta à antiga barbárie, publicava uma ordenação contra os pastores, responsabilizando-os do presente estado de coisas, porque "descreditaram a ciência e impeliram a juventude a dar-se às profissões manuais".72 "Apenas, diz URBANO RÉGIO, ouviram muitos que o cristão é imediatamente instruído e iluminado por Deus, entraram a considerar o saber como inútil. Daí a persuasão de alguns que, quanto mais ignorantes, maiores títulos julgam possuir aos dons do Espírito Santo".73

Agora, o contraste. Enquanto a Reforma assim envolvia a Alemanha nas sombras de um pavoroso eclipse, a Igreja organizava uma cruzada de luz para salvar a civilização européia ameaçada. As ordens religiosas, que, nos planos da Providência, surgem sempre para ocorrer às exigências da Igreja, puseram logo ao seu serviço legiões e legiões de sábios e educadores. Teatinos, barbanitas, oratorianos, somascos, lazaristas, irmãos da Doutrina cristã, beneditinos reformados e jesuítas desceram a campo para salvar pela instrução e pela fé as almas seduzidas pela ignorância e pela heresia. Não entraremos aqui em pormenores sobre a ação civilizadora dos novos apóstolos. Diremos somente que em menos de 50 anos os jesuítas haviam coberto de colégios os territórios assolados pela protestantismo. Colônia (1544), Treviri (1561), Mogúncia (2581), Augsburgo (1582), Dilinga (1563), Heiligenstadt (1575), Coblença [imagem à direita] (1282), Panderbon (1585), Würsburgo (1588), Münster e Salisburgo (1588), Bamberg (1595), Antuérpia, Praga e Posen possuím os mais célebres dos seus estabelecimentos de ensino.

A elevada frequência, que para logo atingiram esses colégios, é prova evidente do zelo da nova ordem pela difusão do ensino e da excelência dos seus métodos pedagógicos. Em Colônia, onde se ensinava não só o latim e o grego, mas ainda as matemáticas e a astronomia, havia, em 1558, 500 externos e 60 internos. Vinte anos mais tarde o número dos cursos no ginásio foi elevado a 7 e a matrícula subiu a 840. Em 1581, entre internos e externos, havia mais de 1.000 alunos. Neste mesmo ano Coblença e Heiligenstadt contavam cerca de 200 estudantes, Mogúncia 700 e Trier 1.000. Em 1588, a escola catedral de Münster na Westfália [fig.à direita] passou às mãos dos novos educadores. Aí começaram a ensinar a 300 alunos; dois anos depois eram 900, em 1592, 1.100 e, pouco antes da guerra dos trinta anos, 1.300. Na Baviera, sobressaíam, entre outros, os colégios de Paderborn, Augsburgo e Munique. O primeiro, que era o ginásio da cidade, foi confiado aos jesuítas em 1585 com 140 alunos, que no fim do mesmo ano já eram 300, e no ano seguinte 400. O ginásio desenvolveu-se tão rapidamente que, em 1614, foi elevado à categoria de Universidade (mas sem faculdade médica). O colégio aberto em Augsburgo em 1582, sete anos depois foi elevado a liceu, atingindo logo uma frequência média de 500 a 600 estudantes. O progresso não foi menos rápido em Munique: nos primeiros anos a frequência oscilou entre 300 e 500; em 1587 subiu a 600, em 1589 a 800 e em 1600 a mais de 900.

Em todos estes estabelecimentos de ensino floresciam os bons costumes, vigorava a disciplina e medravam as boas letras. âo serei eu que o há de dizer. A palavra aos protestantes contemporâneos. Em 1581, ANDRÉ DUDITH escrevia de Breslau a um amigo: "Não me admiro ao ouvir que todos afluem aos colégios dos jesuítas. Possuem um saber variado, são eloquentes, ensinam, pregam, escrevem, disputam, dão à juventude instrução gratuita e com um zelo incansável; sobretudo, recomendam-se pela modéstia e vida moral incontaminada".74 Alguns anos mais tarde, o célebre H. GRÓCIO, lançando um olhar retrospectivo sobre a atividade pedagógica dos filhos de S. Inácio, assim se exprimia: "Os jesuítas são tidos em grande consideração no mundo pela santidade da vida e plo êxito com que instruem a mocidade nas velas letras. Em 100 anos, desde sua fundação, a Companhia produziu mais homens célebres em todos os ramos do saber e eminentes na pureza da vida que nenhum outra sociedade".75

Típico, porém, sobre todos é o testemunho de NATHAN CHYTRAEUS. Investigando as causas da decadância dos estudos entre os "evangélicos", assim se exprimia o célebre professor de Rostock, num oração fúnebre pronunciada em 1578: "Confesso que me detive ante a opinião dos que atribuem este triste estado de coisas aos decretos da Providência. Mas semelhante suposição é evidentemente uma impiedade, como aliás o demonstra suficientemente a prosperidade de algumas outras escolas em que vigem todas as boas usanças que asseguram a ordem e a discipina. De fato, porque motivo poderiam os colégios dos jesuítas, não obhstante as distâncias que os separam, assinar-se pela boa ordem, pela disciplina, pelo zelo de todos os cumprimentos dos próprios deveres, se o mau estado das nossas universidades fosse realmente efeito da vontade divina? E por que não poderemos nós, que caminhamos à viva luz do Evangelho, fazer o que fazem os jesuítas que ainda vivem nas trevas?" 76 Não nos é possível negar que somos responsáveis pelos males que nos afligem. Comparai o que se vê hoje com o zelo e ardor para o bem que animavam os nossos antigos predecessores. Quem poderia ler sem admiração estes estatuos em que ainda respira a sua sabedoria? etc., etc." 77


Se dos estudos literários e científicos passarmos à cultura das belas artes, facilmente verificaremos que neste campo foram ainda mais profundas as devastações da Reforma. O protestantismo não compreendeu o pensamento sublime da Igreja de pôr ao serviço da religião o que de mais fino e delicado produziu o espírito humano no domínio do belo. O templo católico é o santuário da beleza. A arquitetura, a escultura, a pintura, a decoração, a música, a eloqûência aí se estreitam na mais harmoniosa aliança para elevar a alma do crente a união com Deus que é eterna Verdade e Beleza eterna.

Estéreis como a revolta e áridos como o erro, os filhos de LUTERO não encontraram no coração gelado e ressequido pelo ódio a fibra humana, que vibrasse em uníssono com estas harmonias divinas da criação. O primeiro grito dos que protestaram foi um grito contra a arte; seus primeiros atos, atos de vandalismo atroz. Precipitaram-se sobre os nossos monumentos religiosos, os nossos altares, as nossas estátuas e arrasaram tudo: "Imbuída do espírito do seu fundador, monge invejoso e bárbaro, diz CHATEAUBRIAND, a Reforma declarou-se aberta inimiga das artes. Riscando, por assim dizer, a imaginação das faculdades humanas, cortou as asas ao gênio e tornou-se pedestre... Se a Reforma ao nascer fosse coroada de pleno êxito, teria determinado, ao menos por certo tempo, um regresso à barbárie".78

É realmente incalculável o dano causado às belas-artes pelos discípulos do grande apóstata."Os prejuízos em ouro e prata produzidos pelas suas pilhagens, escreve PRESCOTT, podem ser avaliados. As construções tão cruelmente mutiladas puderam ser retocadas pelo cinzel do arquiteto. Mas quem poderá calcular a perda irreparável ocasionada pelo destuições do manuscritos, estátuas e pinturas? É um fato doloroso que os primeiros esforços dos refomados fossem em toda a parte dirigidos contra este monumentos dos gênios, que haviam sido elevados e mantidos afetuosamente pelo patrocínio do catolicismo".79 "Os Países-Baixos possuíam um número extraordinário de igrejas e mosteiros. A sua fina arquitetura e as suas bem trabalhadas decorações eram o sinal precoce do desenvolvimento intelectual nestas regiões. Tudo o que inventara a ciência e criara a arte, tudo o que produzira a mecânica, e prodigalizara a riqueza, havia sido recolhido nestes templos magníficos. Ora, no espaço de sete dias e sete noites, desencadeou-se o terrível ciclone que destruiu todos estes tesouros... As artes por toda a parte deploram os seus despojos... Apenas uma ou outra estátua e pintura escaparam à ruína. O número de igrejas profanadas pelas turbas de calvinistas fanáticos nunca pôde ser contado. Na só província de Flandres foram saqueados 400!"80

Eis as benemerências da Reforma no culto das artes.



A causa está julgada. Não declamamos. Fomos fiéis ao nosso programa: reconstruir a história em toda a singeleza de sua verdade, lembrando fatos incontestáveis e citando documentos que não admitem réplica. Quase sempre cedemos a palavra a testemunhas insuspeitas. A conclusão que se impõe a todos espíritos desapaixonados é a que expressou CARLOS VILLERS, aliás advogado ardente da Reforma: "Somos constrangidos a convir que depois da irrupção dos povos do Norte sobre o império de Roma, nenhum acontecimento causou à Europa estragos tão longos e tão universais como a guerra acesa ao fogo da Reforma. Sob este aspecto é infelizmente verdadeiro que ela retardou o progresso da cultura geral".81

A época era para grande vôos na senda do progresso. A florescência das universidades, a invenção da imprensa, a emulação dos doutos, as novas descobertas científicas, os tesouros acumulados por tantas gerações de investigadores e filósofos, a renascença da literatura clássica, tudo preparava para a cristandade uma época de luzes e de glórias. A explosão da revolta religiosa sufocou o grande movimento nascente e envolveu a Europa setentrional num manto de trevas e de sangue. Enquanto as nações que a abraçaram e promoveram, mergulhavam por quase dois séculos na ignorância,82 a Igreja coroava o seu trabalho multissecular nos países que lhe ficaram fiéis ou que cedo rejeitaram o veneno dos inovadores. A Itália produzia o séculos de Leão X, a Espanha e de Carlos V, a França e do Luís XIV.

Concluamos com BALMES: "A inteligência, o coração e a fantasia não devem coisa alguma à Reforma: antes que ela nascesse já essas faculdades se desenvolviam vigorosas; depois de nascido continuaram no seio do catolicismo com o esplendor e a glória de outrora. Homens ilustres, ornados com a auréola com que se cingiram a fronte, aplaudidos pro todos os povos cultos, campeiam nas fileiras católicas. Caluniou quem disse que a nossa religião tende a pear e entenebrecer a intaligência. Não; é impossível; filha da luz, não pode produzir trevas: feitura da própria verdade, não precisa fugir os raios do sol e abater-se nas entranhas da terra, mas pode caminhar à claridade do dia, afrontgar a discussão, congregar em redor de si os espíritos na certeza de lhes aparecer tanto mais pura, tanto mais bela, tanto mais admirável, quanto mais atentos e mais de perto a contemplarem".83

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25. Dificilmente ao leitor brasileiro será dado ter à mão estes documentos contemporâneos da origem da Reforma e que constituem os preciosos cim´´elios das bibliotecas da velha Europa. Poderá, porém, consultá-los nas obras clássicas de DOELLINGER, DENIFLE, JANSSEN e GRISAR que citaremos em bibliografia no fim deste capítulo e do seguinte.

26. Erl. XLV, 336; XIVII; LI, 400.

27. Walch. X, 1598. Cfr. DENIFLE, Luther und Luthertum I(2), 6538 sgs. DOELLINGER, Die Refomation, I(2), 481.

28. Sobre a teoria das duas verdades em Lutero cfr. E. ZELER, Geschichte der deutshen Fhilosophie. München, 1873, p. 29. STOECKEL, Geschichte der Philosophie des Mittelalters, Mainz, III, 512, ss.; Ver not precedente.

29. Erl. XLIV, 156 ss.; Luther's ungedr. Predigten heraugegeben von Brtunms, p. 106.


30. "Fides rationem mactat et occidit illam bestiam quam totus mundus et omnes creaturae occidere no possunt... Sic omnes pif... mortificant rationem, dicentes: Tu ratio, stuta es, non supis quae Dei sunt, itaque ne obstrelpas mihi, sed tace non judica, sed audi verbum Dei et crede. Ita pii fidem mactant bestiam maiorem mundo, atque per hoc Deo gratissimum sacrificium et cultum exhibent". Weimar, XL, Iabt., 362.

31. Erl. XLIV, 156, ss.

32. Aí vai velado nas obscuridades do alemão o texto íntegro: "des Teufeis Braut, Racio, die schöne Metze, eine verfluchte Hure, eine schaebige aussaetzige Hure, die Hoechste Hure des Teufels, die man, auf dass sie hässlich werde, einen Dreck in's Angesicht werfen solle, auf das heimlich Gemach solle sie sich trollen, die Verfluchte Hure, mil ihrem Dunkel, usw" Erl. XVI, 142-148. DOELLINGER, I(2), p. 480; DENIFLE I(2), 639. Erl XX, p.479. Quase todas as palavras que começam por maiúscula são palavras infames.
Ver outros impropérios contra a razão no Comment. in epist. ad Galatas, III, 6, Ed. Irmischer, I. 331. Ed. Weimar XL, 1 abt: a razão é "atrocissimus Dei hostis", p. 363, fons fontium omnium malorum!, p. 365.

33. DE WETTE, I, 15.

34. Weimar, VIII, 127.

35. Walch, XIX, 1430.


36. Walch, XII, 45

37. Walch, XI, 459, 599. As três últimas citações apud DEOLLINGER, Die Refomation, I(2), 475-77.

38. PAULSEN, Philosophia militans (3), Berlim, 1908, pp. 35-39. Enquanto permaneceu fiel às doutrinas de Lutero e Calvino, a igreja protestante não teve poesia, nem história, nem filosopia. Sim, certamente, enquanto as comunidades protestantes foram luteranas não tiveram filosofia e quando acolheram uma filosofia cessaram de ser luteranas. Tanto foge a sua fé da filosofia e a sua filosofia da fé". MOEHLER, Gesammelle Schriften und Aufsaelze, Regensburg, 1839-40, I, 260. Desta filosofia antiintelectualista nasceu uma tendência hostil às conquistas científicas já realizadas. "A Reforma sepultou injusta e odiosamente muitos conhecimentos de que estavam de posse os seus contemporâneos, tornando-se assim responsável das crise posterior do protestntismo". A. HARNACK, Lehrbuch der Dogmengeschichte, III(4), Tübingen, 1910, p. 871.

39. Carta de Basiléia a W. Pirkheimer, 1528, Opera, Ed. Clericus, Lugduni Batavorum, 1702-1706, III, col. 1139. Cfr. DOELLINGER, Die Reformation, I, 470-71.

40. Note-se: por obra do demônio e dos frades havia tantas escolas e tão frequentadas que era necessário um milgre de Deus para que um menino não recebesse instrução. E o Sr. Carlos Pereira a escrever: "O analfabetismo é a vida cancerosa da Igreja Romana"! p. 126.

41. Os trechos citados e muitos outros não menos expressivos podem ler-se em JANSSEN, Geschichte des deutschen Volkes, t. VII (13-14), p. 16, Freiburg, i. Br. 1904. Nas obras de Lutero, o manifesto "An die Ratherren aller Staedte deuschen Landes, dass sic christliche Schulen aufrichten und halten sollen" acha-se, na ediç. Weimar no 6. XV. 27-53; o sermão de 1530 "dass man Kinder zur Schule halten soll", Weimar, 12 Abt., pp. 517-588.

42. CAMERARIL, Praecerpta morum et vitae, Lipciae, 1555, p. 1-5.

43. EUSEBII MENII, Otatio de vitas jac. Milichii, Witembergae, 1562, B.

44. LANSII, Mantissa Constitutionum, p. 68.

45. CHRIST. PELAGH, Pleias orationum sacrarum, 1618, N. 2 b. - O. 2 b.

46. JAKOB HEIRICH PETRI, Der Stadt Müthausen Geschchten, Mulausen, 1838, p. 494.

47. Quanto Evangelici ditent discrimine dicam
..................Papistis ab episcopis?
.......Non faz est, nisi quado, rerum potentibus illis
..................Bonae cadant jam literae,
.......Quarum magna sub his tamen emolumenta fuerunt
..................Dignumque juxta praemium.

EURICI CORDI, Opera Poetica, s. l. etc. a. f. 109, 278.

48. ROMMEL'S Philipp der Grossmütthige, Landgraf von Hessen, III, p. 348.

49. STROBAND, Instituto literata, III, 328.

50. CARR FRID. WEBER, Teschichte der staedtichen Gelehrtensuschule zu Cassel, von 722-1599, Cassel, 1843, p. 17; von 1599-1709, Cassel, 1844, p. 61.

51. PAULSEN, Die deutschen Universitaeten und das Univsitaetsstudium, Berlin, 1902, pp. 49-50.

52. COLLIER'S, Eccles. History of Grat Britain, II, 480 e HALLAM, Introduction to the literature of Europe, Paris, II, 39, cit. por DOELLINGER, Kirche und Kirchen, p. 209.

53. WILLIAM COBBETT, The protestant Refomation, letter I. Ver aí expostos os critérios objetivos que serviram de norma ao autor na organização do quadro acima.

54. ALLAIN, L'instruction primaire en France avant la révolution, p. 44. Cit por A. PAQUET, L'Église et l'éducation, etc., Québec, 1909, P. 93.

55. Cit. por L. A. PAQUET, ibid.

56. THOMMEN, Geschichte der Universitaet Basel, 1532-1632, Basel, 1889, p. 305.

57. CONRADO CLAUSER, De education puerorum, a544, p. 94. J. B. GFALIFFE assim resume a ação de CALVINO sobre o progfresso clientífico: "Genève comprimée et sterilisée par son depotisme, n'a produit pendant des siècles que des théologiens... Biern loin d'avoir accéleré - e da marche de son siècle, il le cloua se firmement à lui, qu'il resta stationaire pendant plus de 100 ans et ne put se remettre en mouvement qu'avec une peine et une lenteur inouies. Ja crois avoir étudié h'histoire aussi profundément et auseei consicencieusement que qui que ce soit, e très certainement je ne suis sous l'influence d1aucune partialité personelle". J. B. GALIFFE, Notices généalogiques, etc., III, 107-08.


58. S. THYSELIUS, Unkuden z. Schwed. Ref. - Gesch, unter Gustav I Wasa no Zeityschrift fuer hist. Theologie, de Niedner, 1847, pp. 226 ss., 244.

59. Erl. LXII, 187.

60. Ms. Bibl. Monac., n. 175. DOELLINGER, Die Reformation, I(2), 509.

61. Corpus Reformatorum, X, 934, 939.

62. Cfr. estas e outras citações de CAMERARIUS apud DOELLINGER, Die Reformation, I(2_. 524. 528; LUTERO também confessa a diferença dos tempos de sua juventude: "quando eu era menino, escrevia ele, corria pelas escolas o provérvio: non minus est negligere scholarem quam corrumpere virginem... e este era então o pecado que se julgava mais grave". Weimar, XV, 33.

63. SCHREIBER, Henrich Lorit Glareanus, seine Freunde und seine Zeit, Freiburg i. B., 1837, pp. 89-90.

64. STROBAND, Instiltutio literata, III, praef. 3, a 3, d. 4. b.

65. DE WETTE, V, 615.

66. GOERGES, Lukas Lossius em Schulmann des 16 Jahhunderts, Lüneburg, 1884, 10 A. 2.

67. C. L. TH. HENKE, Georg Kalixtus und seine Zeit, Halle, 1853, I. 86, p. 2.


68. PRANTL, Geschichte der Ludwig-Maximilians- Universitat in Ingolstadt, Landshut und München, Müchenm, 1872, II, 320-21.

69. Epístola de Torgaviensibus Antistibus, Wittembergae, 1744, p. 16.

70. WINER, De facultatis evangelicae in Universitate Lipsiae originibus, Lipseae, 1839, 23.

71. Ap. DOELLINGER, Die Refomation, 6. I (2), pp. 472-3.

72. Relighionsakta, 6. XI, N. 64, 66.

73. URBANI REGH, Formulae quaedam caule loquendi, Regiomaonti, 1672, p. 13.


74. SUDHOFF, C. Olivianus und L. Ursinus, Elberfeld, 1857, 504-5.

75. Cit. na obra Die Jesuiten nach dem Zeugnisse berühmter männer, Regenburg, 1891, p. 242. O gramático brasileiro, porém, vê mais longe. Para ele: "os colégios dos jesuítas são o estímulo intelectual e moral da juventurde". Que quer? São modos de ver.

76. Já dizia Isaias: Ponentes tenebras lucem et lucem tenebras. v. 20.

77. Memorae philosophorum, oratorum, etc., ed. Rollius, I, pp. 106-115, 140.

78. CHATEUBRIAND, Etudes historiques sur la chute de l"Empire Romain et la naissanche et progrès du Chstianisme. Ver toda esta página citada por BALMES, El protestantismo, c. 72.

79. W. H. PRESCOTT, History of the Reign of Fhilip the Second, Leipzig, 1857, t. , p. 30-31.

80. MOTLEY, History of lhe Rise of the Dutch Republic, t. I, c. 7.

81. CHARLES VILLERS, Essai sur l1espret de la Réforme de Luther(5), Paris, 1851, p. 227.

82. Por onde se vê que o progresso científico da Alemanha moderna nada tem que ver com o protestantismo. As ciências florescem hoje na Alemanha, como na França ou no Japão: por impulso geral da civilização contemporânea, fruto da semeadura feita pela Igreja católica nos séculos passados e transplantado até às regiões pagãs. Na história da cultura científica, à Reforma só cabe o papel inglório de haver retardado o momento atual.

83. BALMES, El protestantismo comparado com el catholicismo, c. 72.

Bibliografia. Sobre a decadência intelectual produzida pela Reforma cfr. DOELLINGER, Kirche und Kerchen, München, 1861, p. 209 ss.; JANSSEN, Geschichte des deutschen Volkes, Freiburg i. B., Herder, 1897, t. VII(13-14); AUGUSTE NICOLAS, Du protestantisme de toutes les héresies dans leur rapport avec le socialisme, l. III, c. 3; DOELLINGER, Die Reformation, ihre innere Entwichelung und ihre Wikungen, 3 vols. Regensburg, 1846-48, 6. I, 408-582;ZAHN, Science catholique et savant catholiques, trad. do inglês por J. Flageolet, Paris, Lethielleux, 1895, 1. 4, c. 2, pp. 249-285; L. A. PAQUET, L'Eglise et l'Education à la lumière de l'hsitoire et des principes chrétiens, Québec, 1909, c. IX, PP. 79-97.